ATA DA QUINQUAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 11-6-2012.
Aos onze dias do mês de junho do ano de dois mil e doze,
reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, Beto
Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João
Bosco Vaz, José Freitas, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Mauro Pinheiro, Mauro
Zacher, Nelcir Tessaro e Paulinho Rubem Berta. Constatada a existência de
quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha,
Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro
Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, Luiz
Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Pedro Ruas, Professor Garcia, Sebastião Melo,
Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença, Valter Nagelstein e Waldir
Canal. Na ocasião, foi apregoado o Ofício nº 490/12, do senhor Prefeito,
encaminhando Veto Parcial ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 003/11
(Processo nº 3137/11). Do EXPEDIENTE, constou Ofício do Fundo Nacional de Saúde
do Ministério da Saúde, emitido no dia trinta e um de maio do corrente. Durante
a Sessão, foram aprovadas as Atas da Trigésima Sexta, Trigésima Sétima,
Trigésima Oitava, Trigésima Nona, Quadragésima, Quadragésima Primeira,
Quadragésima Segunda, Quadragésima Terceira, Quadragésima Quarta e Quadragésima
Quinta Sessões Ordinárias e da Oitava, Nona, Décima e Décima Primeira Sessões
Solenes. A seguir, o senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR,
à senhora Julia Rosa da Silveira, Presidenta do Sindicato dos Terapeutas do
Estado do Rio Grande do Sul, que defendeu a aprovação, por esta Casa, do
Projeto de Lei do Legislativo nº 119/12 (Processo nº 1517/12), que dispõe sobre
a implantação do programa de terapias naturais para o atendimento à população.
Em continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Carlos
Todeschini, Airto Ferronato, Tarciso Flecha Negra e Márcio Bins Ely e a
vereadora Sofia Cavedon manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a
Tribuna Popular. Às quatorze horas e quarenta minutos, os trabalhos foram
suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta e um minutos. Em
prosseguimento, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a
assinalar o transcurso do vigésimo quinto aniversário da Escola Municipal de
Ensino Fundamental Grande Oriente do Rio Grande do Sul, nos termos do
Requerimento nº 048/12 (Processo nº 1212/12), de autoria do vereador Paulinho
Rubem Berta. Compuseram a Mesa: o vereador Mauro Zacher, Presidente da Câmara
Municipal de Porto Alegre; a senhora Alda Arruda
Bisso, representando a Secretaria Municipal de Educação – SMED; e as senhoras
Rosana Silva da Silva e Alessandra Felício, respectivamente Diretora e
Coordenadora das Políticas Culturais da Escola Municipal de Ensino Fundamental
Grande Oriente do Rio Grande do Sul. Em
COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se o vereador Paulinho Rubem Berta, como proponente,
e a vereadora Sofia Cavedon. Após, o senhor Presidente convidou o vereador Paulinho
Rubem Berta a proceder à entrega, à senhora Rosana Silva
da Silva,
de Diploma alusivo à presente solenidade. Ainda, o senhor Presidente concedeu a
palavra à senhora Alda Arruda Bisso, que saudou a
Escola Municipal de Ensino Fundamental Grande Oriente do Rio Grande do Sul. Às
quinze horas e três minutos, os trabalhos foram suspensos, sendo retomados às
quinze horas e quatro minutos. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores
Toni Proença, Tarciso Flecha Negra e Idenir Cecchim, este em tempo próprio e em
tempo cedido pelo vereador Sebastião Melo. Na oportunidade, os vereadores Alceu
Brasinha e João Antonio Dib formularam Requerimentos verbais, solicitando
alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. A seguir, foi apregoado o Projeto de
Resolução nº 031/12 (Processo nº 1312/12), de autoria dos vereadores Adeli
Sell, DJ Cassiá, Dr. Goulart, Elias Vidal, José Freitas, Luiz Braz, Mario
Manfro, Nelcir Tessaro, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença,
Valter Nagelstein e Waldir Canal. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os
vereadores Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, Nelcir
Tessaro, Luiz Braz, Sofia Cavedon, João Antonio Dib, Idenir Cecchim, Airto
Ferronato, Paulinho Rubem Berta, Dr. Goulart e João Bosco Vaz. Na ocasião, foi
apregoado Termo de Indicação de Líder e Vice-Líder firmado pelo vereador Waldir
Canal, Líder da Bancada do PRB, informando que Sua Senhoria e o vereador José
Freitas assumiriam, respectivamente, os cargos de Líder e Vice-Líder da Bancada
do PRB, a partir do dia de hoje. Às
dezesseis horas e quarenta minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada
a ORDEM DO DIA. Após, foram apregoadas as Emendas nos 02 e 03, de
autoria do vereador Engenheiro Comassetto, Líder da Bancada do PT, ao Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 005/12 (Processo nº 1183/12). Também, foram
aprovados Requerimentos de autoria da
vereadora Fernanda Melchionna e do vereador Carlos Todeschini, solicitando,
respectivamente, que as Emendas nos 02 e 03, apostas ao Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 005/12 fossem dispensadas do envio à
apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi
apreciado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/12 (Processo nº
1183/12), após ser discutido pelos vereadores Dr. Goulart, Nelcir Tessaro,
Engenheiro Comassetto, Adeli Sell, Carlos Todeschini, Sofia Cavedon, João
Antonio Dib e Fernanda Melchionna. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/12, por vinte e quatro votos
SIM, dois votos NÃO e quatro ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pela
vereadora Fernanda Melchionna, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ
Cassiá, Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de
Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
José Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Mauro Zacher, Nelcir
Tessaro, Professor Garcia, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e
Waldir Canal, votado Não os vereadores Adeli Sell e Engenheiro Comassetto e
optado pela Abstenção os vereadores Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro
Pinheiro e Sofia Cavedon. Foi rejeitada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 005/12, por onze votos SIM e vinte e um votos NÃO,
em votação nominal solicitada pelo vereador Nelcir Tessaro, tendo votado Sim os
vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Todeschini, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Maria
Celeste, Mauro Pinheiro, Sofia Cavedon e Toni Proença e Não os vereadores DJ
Cassiá, Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Haroldo de Souza,
Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José
Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mauro Zacher,
Nelcir Tessaro, Professor Garcia, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Valter
Nagelstein e Waldir Canal. Foi rejeitada a Emenda nº 03 aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 005/12, por oito votos SIM e vinte e três votos
NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Nelcir Tessaro, tendo votado
Sim os vereadores Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Elias Vidal, Fernanda
Melchionna, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Sofia Cavedon e Toni Proença e Não
os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá,
Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João
Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Freitas, Kevin Krieger,
Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta,
Professor Garcia, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein e
Waldir Canal. Foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/12,
por trinta e dois votos SIM e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pela
vereadora Fernanda Melchionna, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto
Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Goulart,
Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Haroldo
de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
José Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario
Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta,
Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni
Proença, Valter Nagelstein e Waldir Canal e optado pela Abstenção a vereadora
Fernanda Melchionna. Em Discussão e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 221/11 (Processo nº 3958/11), por vinte e sete votos SIM e três
ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo vereador Haroldo de Souza, tendo
votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, DJ
Cassiá, Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Idenir
Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Freitas,
Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro
Pinheiro, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Sebastião
Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal e optado
pela Abstenção os vereadores Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto e Haroldo
de Souza. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 003/12 (Processo nº 0677/12), por trinta e dois votos SIM, em
votação nominal solicitada pelo vereador Haroldo de Souza, tendo votado os
vereadores Adeli
Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá,
Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro
Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio
Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz,
Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher,
Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia
Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal. Em Votação Nominal,
2º Turno, foi aprovado o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/12 (Processo
nº 0676/12), por vinte e nove votos SIM, tendo votado os vereadores Adeli Sell,
Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr.
Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Haroldo de
Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Freitas, Kevin
Krieger, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia,
Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Valter
Nagelstein. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei
do Legislativo nº 027/12 (Processo nº 0414/12), por vinte e nove votos SIM,
tendo votado os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo,
Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal,
Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio
Bins Ely, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Paulinho
Rubem Berta, Professor Garcia, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni
Proença, Valter Nagelstein e Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação
Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 078/12 (Processo nº
0974/12), por trinta votos SIM, tendo votado os vereadores Adeli Sell, Airto
Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Goulart,
Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir
Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Freitas,
Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia,
Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença, Valter Nagelstein e Waldir
Canal. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 034/12 (Processo nº 0489/12), por vinte e sete votos SIM, tendo
votado os vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ
Cassiá, Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Haroldo de Souza, Idenir
Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Freitas,
Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia,
Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Valter Nagelstein. Em
Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo
nº 102/11 (Processo nº 2430/11), por vinte e seis votos SIM, tendo votado os
vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá,
Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir
Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Freitas,
Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Sofia Cavedon,
Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Valter Nagelstein. Em Votação, foi
aprovado o Requerimento nº 053/12 (Processo nº 1381/12). Em Votação, foi votado
Recurso de autoria do vereador Dr. Thiago Duarte, solicitando retificação de
votação do Parecer nº 315/09 da Comissão de Constituição e Justiça ao Projeto
de Lei do Legislativo nº 140/09, em razão do quórum apresentado, Recurso esse
que, após ser encaminhado à votação pelos vereadores Carlos Todeschini, Luiz
Braz, Dr. Thiago Duarte, Mauro Pinheiro e Bernardino Vendruscolo, obteve quatro
votos SIM e três votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Luiz
Braz, tendo votado Sim os vereadores Bernardino Vendruscolo, Dr. Thiago Duarte,
Nelcir Tessaro e Toni Proença e Não os vereadores Luiz Braz, Mario Manfro e
Mauro Pinheiro, votação declarada nula pelo senhor Presidente, em face da
inexistência de quórum deliberativo. Durante a Sessão, as vereadoras Fernanda
Melchionna e Sofia Cavedon e os vereadores Sebastião Melo, Dr. Thiago Duarte,
Luiz Braz e Toni Proença manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também,
foi registrada a presença, neste Plenário, do senhor Ronaldo Pinto
Gomes, Secretário Municipal Turismo e Cultura de Rio Pardo – RS. Às dezoito
horas e dezesseis minutos, constatada a inexistência de quórum, o senhor
Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores
para a Sessão Ordinária da
próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos
vereadores Mauro Zacher, Haroldo de Souza, Carlos Todeschin e Mauro Pinheiro e
secretariados pelo vereador Carlos Todeschini. Do que foi lavrada a presente
Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º
Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Passamos à
A Sra. Julia Rosa da Silveira, representando o
Sindicato dos Terapeutas do Estado do Rio Grande do Sul, está com a palavra,
pelo tempo regimental de 10 minutos, para tratar de assunto relativo à
implantação do Programa de Terapias Naturais.
A SRA. JULIA ROSA DA SILVEIRA: Sr.
Presidente, Digníssimo Ver. Márcio Bins Ely, demais Vereadores do plenário,
terapeutas e demais presentes, muito tempo atrás – e eu não diria quanto –, no
Interior do Rio Grande do Sul, muito no Interior, eu nasci. Eu me lembro que
minha mãe tinha apenas 18 anos e estava só com minha avó; minha avó não
entendia nada de parto, mas lhe dava coragem. Meu tio saiu a cavalo,
rapidamente, procurando o meu pai, que buscaria a parteira. Parteira que
atendia num raio de mais ou menos 40, 50 quilômetros quadrados, ela era a única
que entendia de atendimento de parto. Muito solidária que fui, esperei até a
madrugada, quando chegou a parteira, e eu nasci. Nasci garbosa e faceira e hoje
estou aqui, inteiraça. Muito depois, quando fazia pós-graduação em Terapia
Transpessoal, na Unipaz, pude fazer uma coisa chamada Renascimento, que, tenho
certeza, muita gente conhece e sabe que há possibilidade de, numa terapia de
Renascimento, uma pessoa retornar ao momento do parto e ver tudo o
que lá aconteceu. Tive esse privilégio, e tive também o privilégio de perceber
que, realmente, eu nasci garbosa e faceira. Naquelas condições, nasci bem. Por
quê? – eu perguntei. Eu percebi, porque fui até lá, e
tive esse privilégio de perceber, com o espírito maduro, depois de adulta, o
que aconteceu no meu nascimento, como foi. E aí eu pergunto: será que nasci
bem, graças a muita tecnologia? O que aconteceu lá? Tinham muitas mulheres
corajosas? Foi graças a essas mulheres corajosas que eu nasci bem? Sim, graças
a essas mulheres corajosas, mas também graças à perícia de uma grande parteira.
E aí eu pergunto: o que tinha aquela mulher de diferente? Dom, intuição,
conexão? Só sei que foi um excelente trabalho, e um trabalho, acima de tudo,
extremamente amoroso. O que me trouxe ao mundo – com saúde, e
muito bem – foi a perícia dessa parteira e muito amor que
cercava o ambiente. Gratidão a todas àquelas mulheres, e, gratidão, também, aos
homens que lá estavam.
Lembro-me que isso tudo me veio à cabeça, quando me
preparava para falar com vocês – comecei a me
lembrar o que é terapia natural, o que poderia ser terapia natural e de que
forma, mais clara, eu poderia esclarecer o nascedouro da terapia natural.
Eu me lembro que minha mãe tinha um problema no
braço e ela se queixava muito, eram umas feridinhas que ficavam purulentas. Ela
se queixava muito, não sabia a quem recorrer, ninguém tinha respostas. Éramos
em sete filhos; eu, a segunda, de cima para baixo, e eu estava morrendo de
medo, porque a minha mãe nos dizia “eu sei que eu vou perder o braço”, e nós já
a imaginávamos mexendo uma panela de polenta com um braço só. Então uma vizinha
chegou para ela e disse: “Por que tu não chamas a Fulana?! A Fulana era uma
benzedeira famosa do local, e a Fulana, dali a um dia, estava ali. Ela pegou
uns galhinhos de ervas e benzeu; no outro dia já estava secando o problema do
braço da minha mãe – eu vi, eu assisti. Dali a três
dias, ela retornou e fez uma nova benzedura, e numa semana não tinha mais nada
no braço da minha mãe. Eu disse: “Nossa! Tranquilo, minha mãe não perdeu o
braço”. Eu queria dizer que assim como essa pessoa, como essas terapeutas,
muitas existem ao redor do mundo, muita gente trabalhando de forma
absolutamente natural, embora precária, e muita gente necessitando deste tipo
de atendimento ao redor do mundo, onde a tecnologia não chegou, e também em
muitos lugares onde a tecnologia já chegou.
O mundo se desenvolve, as técnicas terapêuticas
evoluem e começam a aparecer as espertezas: bruxas fantasiadas, disfarçadas de
terapeutas; lojinhas esotéricas disfarçadas de escolas de terapia; e até
comerciantes disfarçados de sindicatos – nacionais, às vezes! É exatamente, por
isso, Srs. Vereadores, que nós precisamos de leis: leis que valorizem o
terapeuta que está trabalhando com a ética e competência; leis que buscam
aquelas pessoas que têm o seu dom, como aquela parteira, como aquela
benzedeira, e possam conduzi-los para as escolas de formação, para que elas
desenvolvam o seu dom, com técnicas explicáveis também à luz da Ciência, pois
hoje há Ciência que explica o nosso trabalho; leis que deem força para aquelas
organizações de classe que organizam a categoria e fiscalizam os exageros,
tanto do ponto de vista do atendimento terapêutico como da formação do
terapeuta.
Queria esclarecer que as terapias naturais têm seu
fundamento na observação do ser humano em sua totalidade, considerando a
dimensão física e mental, sim, mas, sobretudo, a dimensão social e espiritual.
O terapeuta natural entende que o ser humano tem que viver bem a sua vida,
conectado consigo mesmo e com a natureza, pois entende que é exatamente na
desconexão que ele adoece.
As terapias naturais não trabalham diretamente com
os órgãos do sistema do corpo, mas, sim, com a energia vital desses órgãos,
suas variações e suas manifestações. Seus métodos não são evasivos, pois, como
médico trabalhador, o terapeuta trata dos estados de desarmonia energética que
levaram àquela dor, cada um com seus métodos e suas ferramentas bem
diferenciadas, embora, muitas vezes, o cliente possa ser o mesmo, pois na
verdade todos precisamos de todos.
As terapias naturais, há muito tempo, são
reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde, pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, pelo Ministério da Saúde. Hoje, nós temos Projeto de Lei Federal, já
com Parecer favorável do Relator na Câmara Federal. Temos muitos Estados como
São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Sergipe, João Pessoa, que já têm a suas
leis de implantação de terapias naturais para os terapeutas dos Estados, e muitos
Municípios, até alguns muito pequenos no Interior de Santa Catarina, já têm
leis implantando as terapias naturais nos seus Municípios para atendimento da
sua população.
Há pouco ainda, falei que todos precisamos de
todos. Queria acrescentar que a separatividade não nos leva a lugar nenhum, é
uma tremenda ilusão. O que precisamos é de uma ética que nos permita viver em
harmonia e que faça seu movimento sempre em direção à totalidade. É só
desenvolvendo a nossa consciência unitiva que chegaremos ao estágio da
maturidade, tão necessária nos dias de hoje. A dúvida e o conflito entre
categorias profissionais são saudáveis em regimes democráticos, desde que
acompanhados do diálogo, do respeito às diferenças, e do amoroso desejo de
acertar e de agregar.
Queremos uma lei que sacramente essa ética, uma
ética fluida e que contemple a criatividade e a liberdade com responsabilidade
para os terapeutas. Que Deus ilumine a cabeça de cada um dos Parlamentares que
constituem esta Casa Legislativa no momento de decidirem pelo “sim” quanto ao
nosso Projeto. Muito obrigada pela oportunidade.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Convido a Sra. Julia Rosa da Silveira, Presidente
do Sinter, para sentar-se conosco à Mesa, para que as Bancadas possam fazer
suas manifestações.
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Sra. Julia Rosa da Silveira,
Presidente do Sindicato dos Terapeutas do Estado do Rio Grande do Sul, aqui
falo em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, dos Vereadores Adeli
Sell, Sofia Cavedon, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, e Engenheiro Comassetto.
Quero dizer que este é um assunto que não é novo, mas que vem aqui e passa a
ser discutido e reconhecido.
Temos feito, particularmente, um trabalho junto com
a Professora Elma Sant’Ana, que tem resgatado essa matéria e, inclusive, é
autora de um livro intitulado Benzedeiras e Benzeduras, entre outros. Estaremos
promovendo uma oficina nos próximos dias, que vai remeter a um grande encontro,
resgatando, como muito bem abordou a senhora aqui, todo o papel das parteiras,
que fizeram parte da história deste Estado e deste País, que têm reconhecimento
por lei, como em alguns Municípios do Paraná, e que têm reconhecimento pelo SUS
em todo o Nordeste e em todo o Norte do País, onde ainda exercem um papel
grandioso; assim como os benzedeiros e as benzedeiras, que fazem um trabalho de
cura, de amparo, de apoio natural como dom divino.
Então, esse é um trabalho que, sim, tem que ser
reconhecido, que tem que ser consagrado, porque isso faz parte da história de
muitas e muitas pessoas. Muitos aqui nasceram de parteira. O Ver. Tarciso está
dizendo que foi um, o Ferronato estava dizendo que foi outro, aqui há inúmeros
exemplos. No Rio Grande do Sul, nas gerações dos que têm mais de 50 anos,
praticamente a maioria nasceu de parteira. Então, estamos fazendo um trabalho
que pretende, com o apoio do Ministério e do programa de Igualdade de Gênero,
com a Secretaria das Mulheres do Rio Grande do Sul e todas as entidades afins,
inclusive o CTG, resgatar toda essa bela história, porque essas pessoas são
verdadeiras heroínas e verdadeiros heróis de solidariedade ao povo gaúcho, ao
povo brasileiro. Cumprimentos, e conte com o nosso apoio. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Obrigado, Ver. Todeschini.
O Ver. Airto Ferronato está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Caro Presidente, Ver. Mauro Zacher; Sra. Julia Rosa da Silveira, falo em
meu nome, em nome do meu Partido, o PSB. Quero dizer da importância da sua
presença na tarde de hoje, ao trazer ao presente a lembrança da figura da
parteira. Todos da nossa idade sentimos essa presença marcante em nossas vidas;
é a parteira, é a benzedeira, e uma série de outras ilustres pessoas que
dedicaram suas vidas a fazer o bem. Por isso, nós estamos aproveitando esta
oportunidade para trazer um abraço, cumprimentar a senhora e o seu Sindicato, e
dizer que vamos estar juntos no Projeto, porque é importante uma reverência a
essas figuras ilustres que tanto queremos bem. Um abraço, obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Obrigado, Ver. Ferronato.
O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Sra. Presidente, Julia Rosa da
Silveira, eu fiquei aqui em pé, ouvindo a sua fala, para dizer que lá em casa
foram nove. Eram parteiras, sei o nome delas, a gente chamava de mãe também,
era a Nilda, uma negrona. Era uma cidade muito pequena, não tinha nem posto de
saúde, essa era a verdade, e ali nasceram nove. Hoje estamos espalhados pelo
mundo, maravilhosamente bem. Então, quero aqui cumprimentá-la em nome do meu
Partido, o PSD, da nossa Bancada, dos Vereadores Nelcir Tessaro e Bernardino
Vendruscolo. E eu, que vi e sei como é importante, estou aqui dando meu apoio e
a parabenizando pelo seu Projeto.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Zacher): Obrigado, Ver. Tarciso.
O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Presidente Julia Rosa, quero cumprimentá-la, como a Diretoria do
Sindicato e as demais autoridades que a acompanham na tarde de hoje; falo em
nome do PDT, do meu Partido, mas também em nome do PP, autorizado pelo seu
Líder, Ver. João Dib, que também é o nosso Líder do Governo. Quero trazer
também aqui o nosso abraço, o nosso reconhecimento, agradecer a disposição do
Sindicato dos Terapeutas do Rio Grande do Sul – Sinter-RS – em utilizar a tribuna para dar aqui o seu recado. Quero dizer que nós
estamos empenhados na construção do resgate àquele Projeto do saudoso Ver.
Ervino Besson, que hoje se encontra no oriente eterno. Nós estamos trabalhando
pelo desarquivamento, ou no indicativo da construção de uma nova legislação
para dar amparo. Referendando a fala dos Vereadores que me antecederam, e das
Bancadas que me antecederam, cumprimentando-a pela brilhante manifestação,
reverenciando aqui as parteiras, enfim, todo o trabalho que vocês têm feito.
Tivemos a oportunidade de nos conhecer no encontro holístico do Deputado Cherini,
e hoje estamos aqui dando mais um passo em favor do Sindicato dos Terapeutas e
de todos aqueles que, de uma forma ou de outra, se sensibilizam e participam
desse movimento. Cumprimentos, um abraço fraterno, e aqui reitero o nosso
compromisso em apoiar a caminhada e a bandeira que vocês têm levantado pelo Rio
Grande, pelo Brasil afora. Parabéns e muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada, Presidente. Nós queremos cumprimentar o seu movimento, o
movimento do Sindicato, e quero acrescentar às palavras do Ver. Todeschini, em
nome da oposição, do Ver. Airto, que também já falou, como é importante essa
organização, que eu nem sabia que existia, de um sindicato de terapeutas. Acho
que tu alertaste bem, pois existem muitas práticas que não têm um respaldo e
que, às vezes, iludem as pessoas nos seus momentos de desespero; enfrentando
“n” problemas, acabam acessando e sendo ludibriadas. Então, eu queria
parabenizá-la pela organização dos terapeutas, até para terminar – separando o
joio do trigo – com a marginalização que existe, com uma discriminação que
exatamente prolifera, que subsiste quando não há uma organização de classe, uma
comunicação, uma nitidez do trabalho. E nós sabemos que não tem mais saída, e
os médicos, a medicina, de forma geral, têm que incorporar os conhecimentos da
terapia, da integração com a natureza, da reintegração do ser humano consigo
mesmo. Parabéns e que, com muita força, o Sindicato possa, de fato, estar
comunicando, aglutinando e organizando um respaldo maior para a população
acessar esse serviço tão importante. Contem com a Bancada de oposição!
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Obrigado,
Ver.ª Sofia. Não havendo mais manifestações, eu suspendo os trabalhos para as
despedidas, saudando, mais uma vez, a presença do Sinter-RS – Sindicato dos Terapeutas do Estado do Rio Grande do Sul –, que veio falar sobre o Projeto
de implantação do Programa de Terapias Naturais, com a presença da Sra. Julia Rosa da Silveira. Muito obrigado.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h40min.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher – às 14h41min): Estão
reabertos os trabalhos. Passamos às
Hoje, este período é
destinado a assinalar o transcurso dos 25 anos da Escola Grande Oriente, nos
termos do Requerimento nº 048/12, de autoria do Ver. Paulinho Rubem Berta,
Processo nº 1212/12.
Convidamos para compor a Mesa: a Sra. Rosana Silva
da Silva, Diretora da Escola Grande Oriente; a Sra. Alessandra Felício,
Coordenadora das Políticas Culturais da Escola Grande Oriente; e a Sra. Alda
Arruda Bisso, representante da SMED.
O Ver. Paulinho Rubem Berta, proponente desta
homenagem, está com a palavra em Comunicações.
O SR. PAULINHO
RUBEM BERTA: Sr. Presidente; Sra. Rosana Silva da Silva, Diretora da Escola Grande
Oriente; Sra. Alessandra Felício, Coordenadora das Políticas Culturais da
Escola Grande Oriente; Sra. Alda Arruda Bisso, Chefe de Gabinete da SMED,
representando a Secretária Cleci Jurach; crianças da Escola Grande Oriente,
levem um abraço deste Vereador, que tem muito orgulho de vocês, podem ter
certeza disso. Também quero saudar a presença do Sr. Tadeu Pedro Drago, com
muita alegria e carinho, Grão-Mestre Adjunto da Loja Maçônica Grande Oriente do
Rio Grande do Sul.
Sra. Diretora, sendo morador do Conjunto
Residencial Rubem Berta, venho acompanhando, durante esses anos todos, a Escola
Grande Oriente por onde passaram meus filhos, meus netos que estão lá. Vocês
têm feito um belíssimo trabalho. Assim, não seria nada mais justo do que hoje – sei que até acanhado pelo tanto que recebi do meu Bairro e da Escola
Grande Oriente – oferecer essa homenagem. Era o que eu podia fazer,
propor a esta Casa esta homenagem à senhora, à Escola Grande Oriente e aos
nossos alunos. Esta é a razão da homenagem: o reconhecimento do trabalho
desempenhado por todos os professores dessa Escola. São 25 anos de atendimento,
com 80 professores, 20 funcionários e 1.200 alunos, de manhã, tarde e noite, e
ainda tem o EJA.
O Sr.
Bernardino Vendruscolo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Ver. Paulinho Rubem Berta, primeiro, quero homenageá-lo por ser o
proponente deste evento que ressalta a Escola Grande Oriente. Quero dizer que o
trabalho que lá é desenvolvido tem uma participação importante da Ordem
Maçônica Grande Oriente do Rio Grande do Sul, por isso quero também
cumprimentar o irmão Tadeu Drago, que aqui se encontra, representando o
grão-mestrado, e dizer que o que nós presenciamos, há alguns dias lá, tanto na
questão da música, que é ensinada pela Ordem aos meninos, como pelos demais
eventos que presenciamos lá, tem muito de participação da comunidade, da qual
V. Exa. faz parte. Essa interação entre a as organizações e a sociedade faz com
que os próprios colégios tenham uma vida mais ativa junto aos familiares, pais
e mães dos alunos, como no exemplo que lá se viu, que participam ativamente.
Então, quero cumprimentá-lo por isso e ressaltar a participação do Grande
Oriente do Rio Grande do Sul lá.
O SR. PAULINHO
RUBEM BERTA: Agradeço a V. Exa., que faz jus ao Colégio Grande Oriente. Também quero
colocar aqui que o nosso Bairro é composto de 4.992 apartamentos. Temos em
média, mais de 3 mil adolescentes; temos as nossas crianças. Só o Grande
Oriente atende a 1.200 alunos. Esse é um marco histórico na nossa comunidade;
também contamos com o Colégio Júlio Brunelli. Mas quero ressaltar,
principalmente na cidade de Porto Alegre, quando se vê, muitas vezes, a questão
negativa de uma comunidade. O bairro Rubem Berta é tachado, muitas vezes, de
violento; mas ninguém se dá conta de ir, Diretora, pela manhã para a frente do
colégio ou para a parada de ônibus; poderiam ver os nossos adolescentes saindo
para trabalhar, estudar e lutar. Menos de 1% dos nossos adolescentes, hoje, não
está dentro da lei; o restante todo trabalha, estuda, tenta fazer com que a
família progrida e tenha uma família decente. O nosso é um dos maiores bairros
de Porto Alegre. Eu aproveito a presença de todos aqui e peço que a imprensa
também valorize o que há de bom na nossa comunidade: o Colégio Grande Oriente,
a Creche Madre Tereza de Calcutá, a Creche Menino Jesus de Praga, a Creche
Negrinho do Pastoreio, a Creche Criança Cidadã.
Quero saudar aqui tudo que tem de bom lá: a
associação de moradores, a unidade de saúde – agora vamos
ter mais uma unidade de saúde lá. Quero aqui dizer que é um bairro que cresce,
que progride, que vai à frente e vai à luta. Por quê? Pelo interesse e pela
dedicação dos nossos professores, dos nossos funcionários das creches, pelas
escolas e por tudo que tem lá. É um bairro que hoje tem seis linhas de ônibus,
tem uma rádio comunitária, tem uma creche que tem um projeto chamado Mudando a
Cara, que tem trabalhado muito na comunidade. Por isso, quero deixar claro a
todos os Vereadores, agradecendo a presença de todos – Ver. João Antonio Dib, vejo que o senhor me escuta com atenção –, que é um Colégio, ajudado pelos maçons, que tem progredido muito: hoje
está com ginásio, tem disciplina e tem feito um bem enorme para a nossa
comunidade, para as nossas crianças. Por isso, quero aqui agradecer ao Colégio
por ter aceitado essa homenagem, quero dizer que estou muito feliz, muito
orgulhoso desse Colégio, e que graças a ele também estou aqui hoje, sou cria e
fruto de lá, estudei na Escola Grande Oriente. Com 40 e poucos anos
praticamente, foi lá que me abasteci de informações para poder chegar a esta
Casa, o mais que podia, municiado com informações e conhecimentos para chegar
aqui e não envergonhar a minha comunidade, mas, sim, bem representá-la.
O
Sr. Tarciso Flecha Negra: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Obrigado, Paulinho Rubem Berta. Quero parabenizá-lo e dizer da
importância para as nossas crianças, através do esporte, das oficinas. Tem o
apoio da minha Bancada, o PSD, porque é o nosso foco, é a nossa bandeira: a
inclusão da criança através da educação, do esporte e do lazer. Essa luta pelas
nossas crianças, pelos nossos adolescentes, vocês estão fazendo isso muito bem,
têm o nosso apoio.
O
SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Obrigado, Ver. Tarciso, sei da sua preocupação com
o social, com as crianças e com a educação. Quero mais uma vez parabenizá-los,
levem um abraço deste Vereador a todos os funcionários, professores. Quero
agradecer a presença da representante da Secretaria, leve um abraço à
Secretária, diga que fiquei muito feliz com esta homenagem que está sendo
prestada à Escola Grande Oriente. Quero dizer o seguinte: esse cidadão que hoje
está aqui vai estar sempre defendendo a escola, o bairro, a comunidade no
sentido do fortalecimento, porque ser comunitário nesta Cidade é fazer com que
cada um faça a sua parte. Nós estamos construindo na Cidade um bairro melhor,
um bairro que respeita, um bairro que exige respeito, e um bairro que tem feito
muito pela sua comunidade, sempre em parceria. Nós, da Escola Grande Oriente;
nós, da comunidade, sempre fomos parceiros e continuaremos sendo, se Deus
quiser, cada vez mais para frente. Parabéns! Levem um abraço nosso a todos os
funcionários, alunos. Parabéns crianças, um abraço a vocês! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Carlos Todeschini assume
a presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra em
Comunicações.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, alunos e alunas da
Escola Grande Oriente, prezada Professora Rosana Silva da Silva, Diretora;
Alessandra Felício, Coordenadora pedagógica, na pessoa de quem cumprimento os
professores, trabalhadores em Educação e funcionários não docentes. Cumprimento
a Sra. Alda Arruda, que representa aqui a SMED.
Eu estou inscrita em período de Comunicações e
quero me somar, Ver. Paulinho Rubem Berta, à homenagem à Escola Grande Oriente.
Quero me somar, autorizada pela Bancada, integrada pelos Vereadores Maria
Celeste, Comassetto, Adeli, às homenagens coletivamente. Porque nós, quando
paramos para homenagear uma escola, nós homenageamos o grande movimento de luta
pela educação pública de qualidade.
O Ver. Paulinho já falou em que lugar a Escola
Grande Oriente realiza educação pública de qualidade: um desafio permanente de
enfrentamento das condições estruturais para garantir a segurança dos alunos. A
gente já viu quantas situações a Escola Grande Oriente viveu, que não são
diversas de outras escolas nossas, municipais e estaduais, porque uma escola
não é isolada do mundo.
Eu começo pela parte ruim para dizer que gente se
orgulha muito da caminhada dos 25 anos da Grande Oriente, praticamente uma das
mais antigas da Rede Municipal de Ensino, uma rede que tem a grande qualidade
de ser Rede Municipal, que debate conjuntamente, discute seus problemas,
conquista gestão democrática, desde a escola até o sistema. A direção eleita
sabe disso, que o Conselho Escolar é o órgão máximo da escola, que decide
inclusive sobre questões pedagógicas se for o caso, com a participação de pai e
aluno, e que na ponta do sistema está o Conselho Municipal de Educação, com
pai, com aluno, professor e funcionário. Esse sistema se alimenta das
conferências de educação; deveria se alimentar das decisões coletivas
transfiguradas, consubstanciadas num Plano Municipal de Educação. Eu aproveito
para registrar aqui que foi engavetado há oito anos e que a gente não teve
retorno para esta Casa. Não temos um plano municipal de
educação votado, consagrado como lei, que vá identificando lacunas, que vá
acompanhando ou tencionando e orientando o crescimento da educação no
Município.
Então, a Escola
Grande Oriente é uma das escolas que inovou como poucas – hoje, fala-se muito no Projeto Um Computador por Aluno
–, e, no grande bojo
do debate pedagógico,
professoras, a gente foi transformando a Escola, que estava num lugar mais
empobrecido, que oferecia e oferece informática, línguas estrangeiras, e
diferentes linguagens da arte. Lembro o quanto a Escola Grande Oriente lutou
pela construção do ginásio, que ainda não conheço, quanto lutou para adequar
aquelas quadras no espaço físico. A sua cozinha, lembro da reforma da cozinha.
Não é porque é uma Escola Municipal – muitas vezes, a gente comparava com escolas estaduais – que não teve grandes dificuldades, que não luta,
permanentemente, por qualificação do seu espaço, por garantia de segurança, de
tranquilidade, de estímulo ao trabalho dos professores e professoras, de
estímulo e conquistas dos alunos.
Vejo, aqui, que há
alunos do terceiro ciclo, mas estão presentes os pequenos também; estão
presentes alunos dos três ciclos. A gente sabe que o ciclo foi uma ousadia.
Hoje o Governo Federal, o Brasil compreende que os três primeiros anos são os
ciclos da alfabetização, e nós, aqui, em Porto Alegre, junto com Belo
Horizonte, construímos essa visão de uma alfabetização para além de um único
ano. As nossas escolas, com essa visão, foram as primeiras a expandir a
acolhida aos alunos com 6 anos de idade. Eu não sei se a Escola Grande Oriente
está conseguindo ter o prezinho, para alunos com cinco anos.
Então, a Lei, a
Legislação que determina que até 2016 todas as crianças de quatro e cinco anos
tenham que estar na escola, nós antecipamos o debate de Rede, sem deixar de
qualificar as condições de trabalho, e o pagamento dos professores.
Eu quero aqui
encaminhar, dentro desta homenagem à Escola Grande Oriente, ainda sobre os
novos desafios, que a Escola, tenho certeza, também experimenta, que estava e
está na pauta da ATEMPA, sobre a mobilização dos professores. E o primeiro
grande desafio, Alba, aí quero fazer este apelo, é que os professores tenham
revogado o corte no seu ponto no dia de paralisação, que foi doloroso para
muitos professores. Houve uma professora que me disse: “Tenho 30 anos de
trabalho e nunca tive uma falta, e eu tenho o direito de me mobilizar”.
Então, o aniversário
da Grande Oriente também deve ser celebrado como um apelo ao respeito à
Educação pública, à dignidade e ao direito que o professor, a professora e o
funcionário têm de reivindicar, de lutar por condições de trabalho. E a pauta
nova que está ali, que está angustiando tanto as escolas, é a inclusão escolar.
As nossas escolas significam 20% das matrículas de Porto Alegre, significam 50%
dos alunos incluídos, os alunos com deficiência. E precisam de condições para
isso: precisam de monitores, de suporte para atenderem adequadamente a turmas
menores, com acessibilidade física.
Então, são desafios
que eu tenho certeza de que o aniversário da Grande Oriente, de cada uma das
nossas escolas – agora, hoje, Ver.
Paulinho Rubem Berta, da escola da tua região –, faz-nos pensar que nós temos de estar muito juntos da escola, apoiando
o trabalho, que é um trabalho muito difícil, mas que salva vidas, que projeta
vidas para uma vida muito mais feliz.
Então, parabéns, que
se siga uma linda história dessa linda escola, que todos fazem juntos, pais,
alunos, professores...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Convidamos o
Ver. Paulinho Rubem Berta, autor desta homenagem à Escola Grande Oriente, para
que faça a entrega do Diploma à direção da Escola.
(Procede-se à entrega
do Diploma.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): A Sra. Alda
Arruda Bisso, representando a Secretária Municipal de Educação, Sra. Cleci
Jurach, está com a palavra.
A SRA. ALDA ARRUDA BISSO: Boa-tarde,
Ver. Carlos Todeschini; Vereador proponente desta homenagem, Ver. Paulinho
Rubem Berta. Estou, neste momento, representando a Secretária de Educação, a
Professora Cleci, que pede desculpas por não estar presente, principalmente à
Direção da Escola. Nós queremos, então, cumprimentar esta equipe de
professores, de alunos, pelo trabalho realizado nestes 25 anos, assim como
cumprimentar o parceiro da Escola, a Maçonaria, que sempre está ali, junto,
apoiando os projetos da Escola. Nós queremos dizer à Direção da Escola, aos
seus professores e alunos que a SMED só existe porque existem alunos, porque
existem professores e existem projetos. Nós estamos lá para dar o suporte e não
iríamos nos furtar, nesta data, de estar aqui ao lado da Diretora e desta
equipe, assim como as demais colegas que estão me acompanhando, o pessoal da
Assessoria e o pessoal da Diretoria de Recursos Humanos. Parabéns, mais uma
vez, à Escola e ao Vereador que propôs esta homenagem. Boa-tarde a todos.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Obrigado,
Professora Alda, que falou em nome da Secretária Municipal de Educação. Assim,
nós concluímos esta homenagem, no período de Comunicações, à Escola Municipal
Grande Oriente.
Estão suspensos os
trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h3min.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini – às 15h4min): Estão reabertos os trabalhos.
O Ver. Toni Proença está com a palavra em
Comunicações.
O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, comunidade da Escola Grande Oriente, que recebeu,
aqui, uma justa homenagem, proposta pelo Ver. Paulinho Rubem Berta.
Hoje, pela manhã,
participei, na Associação dos Magistrados do Trabalho, no Menino Deus, da
assinatura de um Termo de Compromisso entre a Associação dos Magistrados e a
Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado. Esse Termo propõe um curso de cidadania
plena, ministrado pelos juízes do Trabalho, aos alunos de escolas de Porto
Alegre.
É uma bela
iniciativa, Ver. Dib, que retira os magistrados do rito processual, do seu
trabalho nos processos, da realidade dos processos, Ver. Tessaro, e os coloca na
realidade concreta da vida, através dessa relação e dessa interação com os
alunos e alunas das escolas de Porto Alegre. E assim são levadas, a esses
alunos, as noções básicas de cidadania, porque, quando as crianças estão
formando o seu caráter, através de sua participação na escola, é que elas podem
aprender sobre os seus direitos, os seus deveres e os valores que a sociedade
brasileira construiu para uma boa convivência e para a cidadania plena.
Foi um belo ato. Porto Alegre fez uma
experiência-piloto, com uma escola aqui de Petrópolis, e, a partir dessa experiência,
tivemos, então, a assinatura desse Protocolo de Intenções, que pretende
expandir essa experiência para muitas escolas em Porto Alegre; uma experiência
que foi construída e concebida, em Santa Maria, por um Juiz do Tribunal do
Trabalho, que tem sido uma experiência de muito sucesso naquela Cidade e que
foi também aproveitada aqui em Porto Alegre, Ver. Tarciso. Com isso, nós temos
a interação da Justiça, do Tribunal do Trabalho, com os educadores, com as
professoras, com os trabalhadores em Educação, mas, principalmente, com as
crianças em idade escolar, que estão ali formando o seu caráter, construindo a
sua educação e sua cidadania, para que, depois de crescidos, tenham os valores
da sociedade brasileira muito firmes e muitos sólidos na construção e na
condução da sua vida profissional e pessoal.
Então, quero saudar o Secretário Fabiano Pereira,
que é um entusiasta desse projeto; saudar a Associação dos Magistrados do
Trabalho do Rio Grande do Sul, que, junto com a Secretaria de Estado,
protagoniza esse projeto; e saudar o Governo do Estado, o nosso Governador
Tarso Genro pela iniciativa de delegar ao Secretário Fabiano a possibilidade da
construção desse Termo de Compromisso.
Tenho certeza de que iniciativas como essa, que
somam esforços de outras instituições, principalmente a Rede e a comunidade
escolar, sempre serão um instrumento de fortalecimento da construção da
cidadania, através dos valores instituídos na sociedade brasileira.
Parabéns a todos por esse Termo de Compromisso
assinado hoje pela manhã, e tenho certeza de que todos nós aqui da Câmara de
Vereadores, Sr. Presidente, Ver. Carlos Todeschini, devemos incentivar que as
escolas de toda a Cidade participem de projetos como esse. Tenho certeza de que
nós, Ver.ª Maria Celeste, Presidente da
Comissão de Direitos Humanos, teremos menos problemas a baterem na porta da
Comissão de Direitos Humanos, problemas de bullying,
problemas de bullying digital,
problemas de agressão e agressividade nas escolas. Se tratados lá no início, na
educação, certamente evitaríamos e preveniríamos muitos dos problemas que hoje
fazem internos na Fase e geram, depois, internos nos presídios de todo o País.
Parabéns ao Governo
do Estado; parabéns à Amatra e sucesso no empreendimento desse projeto.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver.
Tarciso Flecha Negra está com a palavra em Comunicações.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Sr.
Presidente, Ver. Carlos Todeschini; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público
que nos assiste, eu hoje venho à tribuna muito tranquilo, porque eu tenho
certeza de que o Brasil vai ter uma mudança nesse tema da educação, Ver. Toni
Proença, porque o Brasil, este País, para mim, é um continente como a África. É
um País muito grande, Ver. Kevin Krieger. Nós temos aqui Estados do tamanho de
países da Europa.
Eu não sei neste
momento dizer bem qual foi o canal ao qual eu estava assistindo que mostrava a
China, que é uma potência em termos de esporte, com crianças, adolescentes, as
olimpíadas e com todo o esporte montado, como é nos Estados Unidos e na Rússia.
Esse é meu sonho para o Brasil, e tenho certeza de que esse sonho vai ser
realizado neste País para essas crianças e esses adolescentes, porque não basta
só o colégio dar infraestrutura para essas crianças: precisamos de mais,
precisamos de muito mais, da iniciativa privada, Ver. Adeli Sell, da sociedade, porque, em cada vila, em cada ilha, em cada comunidade
onde é feito um trabalho, Ver. João Antonio Dib, de oficinas de esporte, são
tiradas 40, 50, 70, até 100 crianças das ruas. É isso que vai dar o conteúdo
máximo para um país, não somente as escolas. Eu não vejo somente as escolas
como a grande saída, mas também a iniciativa privada, juntamente com a sociedade.
Quando eu vi esse
vídeo, fiquei impressionado e maravilhado porque, nas comunidades, nas vilas,
existe um núcleo que recebe todas essas crianças da comunidade e que faz um
grande trabalho nas oficinas de esporte. Essas crianças que têm o dom para o
esporte – quando eu digo esporte, eu não digo somente futebol: eu digo
basquete, atletismo, todos os esportes que há no nosso País – são levadas para
o grande núcleo. Esse núcleo, sim, é do Governo, Ver. Todeschini, que recebe
essas crianças, que dá uma bolsa, para ali dentro se formarem dentro daquilo
que poderão, no futuro, fazer muito bem, como nos países desenvolvidos do
mundo.
Eu acho que essa é a
saída para o nosso País. Essa é que vai ser a saída para a violência, para não
haver essa violência que existe nesse momento. Eu não vejo uma saída somente
através dos colégios, mas, sim, através da formação nos núcleos, nas vilas, nas
comunidades. Eu vou citar a Zona Norte, onde conheço muito o trabalho, principalmente o
do Beto, um cadeirante. Ele faz um trabalho ali com quase 50 crianças; ele
recebe crianças de 10 anos, 11 anos, 12 anos, até 15 anos. A Zona Norte, a Zona
Sul, as Ilhas têm esse trabalho; o que se precisa é de uma base, de uma
sustentação para esse trabalho, porque, é claro, e bem claro para nós, gente: o
colégio pode ter toda a base do Governo, mas não é tudo. Oxalá tivesse essas
condições, mas não vai ter. Eu só vejo uma grande saída, e é meu sonho: ver
Porto Alegre, a Capital do Rio Grande do Sul, começar esse trabalho através de
governantes que virão, no futuro, olhar bem esse horizonte, olhar bem que a
saída nossa, gente, contra a droga, contra a violência, está aí; não está em
simplesmente usar uma camisa dizendo “Sou contra a droga”, isso não vai tirar
essas crianças... Então, só vejo este caminho, este futuro, este horizonte: os
próximos governantes e os Parlamentares do futuro terem uma visão em cima do
que a gente chama “o futuro do País, do país da educação, do país de Primeiro
Mundo”. Só com essa visão a gente vai conseguir, não vejo outra saída, outro
caminho; até gostaria de ver para que a gente pudesse buscar. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra em
Comunicações, e depois prossegue, ainda em Comunicações, por cedência de tempo
do Ver. Sebastião Melo.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Obrigado, Ver. Carlos Todeschini, que está presidindo os trabalhos;
Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, numa segunda-feira como esta, Ver. Tarciso,
acontecem coisas que a gente não acredita que poderiam
acontecer. Eu, mesmo, ali no saguão, agora há pouco, encontrei um cidadão que
veio tirar satisfação deste Vereador porque contou uma proposta indecorosa que
ele me havia feito na semana passada. O que esse cidadão queria? Queria retirar
a candidatura dele e me apoiaria em troca de um micro-ônibus. Mas a que ponto
chega esse pessoal! O que fiz? Avisei ao Vereador que ele iria deixar de apoiar
e, hoje, ele veio tirar satisfação. O que fiz? Chamei a Segurança para tirar
esse corrupto daqui de dentro, que quer vender apoio. Acho que todos nós temos
que fazer isso com esse tipo de gente: tirar para fora das dependências da
Câmara um cara que tenta vender o voto, ou vender apoio. Tirar para fora, e é o
que fiz hoje.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Idenir Cecchim, que belo gesto que o
senhor fez, porque aparecem essas propostas indecentes para gente, mas, o
senhor foi um Vereador corajoso. Parabéns, e conte comigo também, que eu sou
mesmo do senhor.
O SR. IDENIR CECCHIM: Obrigado, Ver.
Brasinha.
Agora, também andando
mais um pouquinho, nos fins de semana, a gente anda muito – eu não ando tanto
como o Ver. Adeli Sell, que, pelo Twitter dele, está bombando em toda hora, em
todos os lugares da Cidade, mas tento andar um pouquinho também dentro das
minhas limitações, com um pouquinho mais de idade do que o Vereador,é verdade
–, mas assisti, ou melhor, ouvi um relato importante. Eu não teria nada que
ficar me metendo em Partido dos outros, mas, em respeito aos meus colegas
Vereadores da Bancada do PT, eu tinha que relatar o que eu fiquei sabendo, é
uma coisa quase parecida com essa aí do saguão. O cidadão que foi Secretário de
Segurança, lá no Município de Canoas, Kopittke, ajudou um cidadão, um sargento
lá do Morro da Cruz, a reverter uma situação. Qual é essa situação? Esse
sargento, que fazia parte da Força-Tarefa, não sei o que é isso, Força-Tarefa
que pertencia à Governadora Yeda, ao Governador Rigotto e assim por diante,
tinha sido retirado dessa Força-Tarefa. Eu acho que a Brigada fez o que tinha
que fazer, provavelmente. Eis que esse candidato conversou com esse sargento,
esse cidadão, e, segundo o relato, em uma hora depois, estava resolvido o
problema: esse sargento foi readmitido na Força-Tarefa. Esse novo Vereador,
provavelmente, ele seja eleito, aqui, tem uma força dentro deste Governo Tarso,
impressionante. Olha, é impressionante! Eu achei que isso já tinha passado, mas não
passou não, Ver. Tarciso, as coisas continuam acontecendo, e estão aqui o Ver.
Adeli, a Ver.ª Sofia, a Ver.ª Maria Celeste, o Ver. Todeschini e o Ver. Mauro
Pinheiro se esforçando, correndo, e aí o outro, com um telefonema, resolve o
assunto. Mas que barbada essa! Assim é fácil fazer política. Não dá! Eu achei
que isso não existia mais, Ver. Elói Guimarães, mas a coisa está andando assim.
Eu estou fazendo o meu trabalho de Vereador, eu nem sei como começar a
campanha, mas eu vejo que o pessoal já está com doutorado em campanha!
Mas esse mesmo cidadão – por isso estou falando dele – deve ser boa
gente, não conheço, não estou falando mal, estou relatando o que ouvi.
Encontrei um cabo eleitoral do Ver. Adeli, esses dias, um bom rapaz, eu achava
um bom cabo eleitoral, pois esse também está fazendo campanha para esse
cidadão. Encontrei mais dois do Ver. Todeschini também fazendo campanha para
esse cidadão. Eu levei um susto e pensei: esse homem vai fazer um mundaréu de
votos. Que bom que faça, não é meu problema me meter na Bancada dos outros,
apenas é um relato de solidariedade à Bancada do PT, que está aqui, dando um
duro danado fazendo uma oposição, e aí vem gente, por fora, e faz essas
facilidades, Ver. Mauro Pinheiro, uma facilidade enorme de com um telefonema
resolver, um trabalho que vocês
fazem aqui durante os quatro anos.
Eu também estava curioso para falar com o Ver. Beto
Moesch, hoje, porque eu precisava me informar sobre o Araguaia. Todos estavam
conversando sobre a Guerrilha do Araguaia, e hoje o Ver. Beto Moesch teve uma
reunião, não sei se foi café da manhã, com a Senadora Ana Amélia Lemos. Eu acho
que ela entende tudo de Araguaia, agora, eu queria ver como é que foi o relato
das guerrilhas, dessas coisas, porque certamente o Senador Octávio Cardoso não
deve ter falado nada para ela sobre isso.
Também queria dizer que a candidata Manuela, se ela
não procurasse mais por Vice, ela teria um Vice muito denso. Volto a dizer: eu não tenho nada que me meter com os outros
Partidos, mas o Ver. Tessaro é um bom Vice, eu tenho certeza que ele soma
muito. Falo isso não só porque ele é meu compadre, mas a Manuela não pode ficar
rifando os Vices dela – o Ferronato já foi rifado, há
tempos, e agora o Ver. Tessaro ainda não. Não pode fazer isso com as primeiras Bancadas que apoiaram a
Manuela, agora ela tenta um, tenta outro, tenta outro, mas o que é isso? Assim,
não dá! Hoje, eu estou falando sem procuração de nenhum colega, mas falando das
agruras que a gente passa por aqui – o meu Partido
também tem disso, não pensem que é só nos outros!
A campanha começou, mas começou com muitas incoerências,
com muitas coisas tortas. Eu acho que, agora, mais uns 15 dias, as coisas se
alinham, e nós vamos começar a campanha verdadeira, aquela que a gente faz
todos os anos, campanha séria, com coração, com as ideias, e vamos fazer essa
campanha para que a população de Porto Alegre conheça os trabalhos passados e
conheça as propostas para o próximo Governo.
O Sr. Paulinho
Rubem Berta: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero agradecer V.
Exa. pelo aparte e lhe dizer que, se aqui o senhor ouve esses relatos, eu
gostaria que o senhor, que já frequenta, eu sei disso, as vilas, os bairros,
que está falando em campanha antecipada, vá até as vilas para ver uma coisa: há
casas já com o nome de candidatos. Isso é uma deslealdade muito grande com os
candidatos que estão aqui e com outros que não têm essas condições, ainda. Já
há casas lá: eu estou com Fulano, eu estou com Sicrano. Pelo amor de Deus, eu
vou dizer uma coisa: eu não sei mais se eu quero votar!
O SR. IDENIR
CECCHIM: Vamos usar o telefone e fotografar, Ver. Paulinho.
Eu já estou satisfeito com este debate que nós
fizemos no início. Eu apenas quis relatar o que aconteceu no fim de semana, o
que eu ouvi, a preocupação que eu tenho. Mas, eu estava ouvindo algumas
declarações do Presidente Lula. Eu queria dizer para vocês que, graças a Deus,
ele melhorou da sua doença, mas ele poderia ficar mais um tempo de resguardo,
porque o que ele tem feito de mal para este País, no pós-doença dele,
desacreditando as instituições, achando-se dono do mundo, indo para programa de
televisão e levando o seu ventríloquo junto, Ver. Pedro Ruas, aquele candidato
a Prefeito de São Paulo, o Haddad, aquele que não acertou nenhuma vez o ENEM.
Sempre foi reprovado no ENEM. O próprio Ministro não acertou um ENEM. Este
ventríloquo do Lula, no Programa do Ratinho, onde acho que só faltava colocar o
Pinóquio, ou ele vestir a coisa do Pinóquio – estava
ridículo! A coisa mais ridícula que tinha foi assistir aquele quadro: o Lula, o
Haddad, ou seja, o ventríloquo com o Lula! Mas que coisa impressionante!
Achando que pode tudo! E não pode, não pode, não é assim.
Então, eu queria encurtar o meu tempo aqui, e dizer
que ainda acredito nos homens de boa vontade; acredito nos Partidos; acredito
ainda na coerência; acredito na população, que tem razão quando fica braba com
os políticos. Mas a primeira convocação que eu queria fazer é para que se evite
os vendedores de apoio; se evite e se combata. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver Alceu Brasinha está com a palavra para um
Requerimento.
O SR. ALCEU BRASINHA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a inversão da ordem dos trabalhos, para que
possamos, imediatamente, entrar na Ordem do Dia. Após, retornamos à ordem
normal.
O
SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Nós ainda não concluímos o período de Comunicações.
Após concluirmos, nós vamos apreciar a sua solicitação.
Apregoo o recebimento do PR nº 031/12, de autoria
do Ver. Elias Vidal e outros.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para um
Requerimento.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB (Requerimento): Nobre Ver. Todeschini, o meu Requerimento é no
mesmo sentido do Requerimento do Ver. Brasinha. Logo após o período de
Comunicações, eu solicitaria que submetesse ao Plenário o ingresso imediato da
Ordem do Dia, apelando para os Vereadores, nos seus gabinetes, que venham ao
plenário, porque nós teremos que votar algumas matérias que exigem 24 votos.
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Waldir Canal está com a palavra em Comunicações.
(Pausa.) Ausente.
Está encerrado o período de Comunicações.
O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente; meus colegas Vereadores,
Vereadoras; senhoras e senhores, retomamos os trabalhos nesta segunda-feira,
depois do feriado de Corpus Christi, bem como da folga estabelecida no
Município de Porto Alegre pelo Sr. Prefeito Municipal.
Nós temos feito grandes debates nesta Casa, e
nesses debates estabelecidos há um problema recorrente que vem a esta tribuna,
que é um reclamo da população de Porto Alegre: o tema da Saúde pública do
Município de Porto Alegre. Em todas as pesquisas realizadas no Município de
Porto Alegre é apresentado, como principal problema, a Saúde pública do
Município. Ao longo desses sete anos em que tenho o prazer de estar aqui nesta
Casa, nós temos um conjunto de episódios – lamentáveis,
todos eles – a respeito da Saúde pública. O primeiro foi a
contratação do Instituto Sollus, que roubou do Município de Porto Alegre, e
nada foi feito até o momento; desviou em torno de R$ 10 milhões dos cofres
públicos. Lamentavelmente, tivemos a morte do nosso Secretario da Saúde. Após
esses episódios de fevereiro de 2010, a Saúde continuou com seus problemas: a
falta de médicos, e a falta de medicamento nos postos de saúde.
Sobre o anúncio que fez o ex-Prefeito Fogaça, que
deixaria a Cidade com 255 Equipes da Saúde da Família; hoje temos 105, 106
Equipes da Saúde da Família. E, para marcar uma consulta em uma especialidade,
para ter uma ficha, demora meses e anos.
O lamentável de tudo isso, neste momento, é que,
depois do feriado que houve na quinta-feira, o Prefeito ainda decreta feriado
na sexta-feira, deixando sem atendimento as pessoas que estavam na fila, que
foram até os postos de saúde, com aquele frio de zero grau, com a maior geada
que já houve em Porto Alegre nas últimas décadas!
Ver. João Antonio Dib, é lamentável que as pessoas
que necessitam de atendimento à saúde da sua família, que se deslocam
quilômetros, que acordam de madrugada, que, muitas vezes, vão a pé até os
postos de saúde, chegam lá e dão com a cara na porta, com o posto fechado, sem
nenhum aviso prévio! Portanto, não basta pedir desculpas à cidade de Porto
Alegre – claro que pedir desculpas sempre é um ato de
reconhecimento e de respeito; de reconhecimento do seu próprio erro e de
respeito àqueles que foram maltratados. A questão, aqui, está acima de um
pedido de desculpas, está na capacidade da gestão da máquina pública. O
Executivo Municipal, com a sua equipe, prefere fazer um feriadão e não analisar
a dor do povo, principalmente no tema que é mais sensível a qualquer um de nós,
que é a Saúde pública. Uma criança, um adulto, um idoso que não é avisado
previamente, recorre a um posto de saúde. O Executivo Municipal declara ponto
facultativo, com um grande feriadão na entrada do inverno, quando as doenças
relacionadas ao clima mais se aguçam, sem contar que, para as pessoas
conseguirem uma ficha num posto de saúde não é nada fácil, pois é a madrugada
que eles têm que enfrentar, e depois são meses de espera!
Então, unanimemente, temos que dizer que o Prefeito
deve uma resposta à cidade de Porto Alegre e tem que ter uma agenda que cumpra,
imediatamente, o atendimento a todos esses que não foram atendidos nesses dias.
Eu acho que essa é a medida que o Sr. Prefeito Municipal deve anunciar
imediatamente! Se tiver que trabalhar sábado e domingo, que se convoque a Saúde
para trabalhar nesses dias! Se tiver que trabalhar à noite, que se trabalhe à
noite! Mas não se pode decretar um feriado num dia que não era feriado, ainda
mais num tema como esse, que é problema número um da cidade de Porto Alegre.
Então, eu quero aqui, em nome do meu Partido,
dialogar com os demais colegas, com o Líder do Governo: essa é uma agenda que a
Cidade e a gestão não podem ficar devendo à população. Esse é um tema de
respeito à sociedade, um tema de respeito à população, e essa medida,
infelizmente, não foi uma medida feliz ou uma medida acertada. Portanto, o Sr.
Prefeito, que pediu desculpas, precisa apresentar uma agenda propositiva para
corrigir esse erro. Um grande abraço e muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, nós, do PSOL
– eu e o Ver. Pedro
Ruas –, também gostaríamos
de reiterar o pronunciamento do Ver. Comassetto, porque foi uma crise que se
instalou na Saúde Municipal na sexta-feira. E não é apenas a questão de
centenas de pessoas que ficaram sem atendimento num dos dias mais frios do ano
e que precisam ser incluídas, já, na agenda, para não terem que passar
novamente pela longa fila de espera, pois sabemos que, muitas vezes, demoram
meses; dependendo do tipo de atendimento, de especialidade, até um ano. Nós
queremos que haja esse planejamento e essa reparação mínima a essa população
que foi aos postos de saúde e não pôde consultar diante da falta de
planejamento e da má gestão da Prefeitura Municipal.
Agora, na questão da
Saúde, vale sempre lembrar os ataques que os municipários, que constroem a
política pública de saúde na nossa Cidade, tiveram da Prefeitura Municipal;
foram justamente os municipários que estão lá na ponta, Ver.ª Sofia, que
tiveram o direito histórico atacado pela Prefeitura, que é a questão das 30
horas. Foram esses valorosos lutadores e lutadoras que fizeram uma greve, no
ano passado, pela intransigência do Governo, e tiveram o seu ponto cortado. Se
a Prefeitura fizesse aquilo que é o mínimo num Estado democrático, a
compensação das horas, não teria nenhum problema eles trabalharem para garantir
esses plantões. O problema é que a lógica da Prefeitura é, infelizmente, o
ataque aos trabalhadores, o desrespeito com a população, e a falta de vontade
de investigar os recursos públicos desviados do Programa da Saúde da Família,
como no caso Sollus. É uma péssima combinação e um péssimo exemplo no que diz
respeito à política de saúde municipal.
Agora, eu gostaria de
falar sobre a assembleia da Associação dos Servidores da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, da qual eu participei hoje de manhã. O Brasil está
vivendo um momento histórico de greves nas universidades federais. É a greve
mais forte em 30 anos de luta pela Educação pública, pela universidade pública,
para que a maioria da população que paga os seus impostos e não pode estar na
universidade, tenha esse direito através de suas ações afirmativas e através da
ampliação de vagas nas universidades. São 51 universidades federais em greve de
professores; hoje, em mais de 30 universidades os técnico-administrativos
entraram em greve; são 30 universidades em que existem greves de estudantes em
apoio à categoria dos professores e do corpo técnico-administrativo nas universidades
federais e nos institutos federais. E não é à toa. Lamentavelmente, este
Governo Federal – que paga 50% de todos os recursos do povo
brasileiro para cobrir juros e amortização da dívida pública; ou seja, 50% para
pagar banqueiros e grandes empresários do País – investe menos
de 3% na Educação. E não é à toa que os trabalhadores estão há quatro anos,
Ver. João Antonio Dib, sem nenhum aumento de salário. E o Governo, de maneira
intransigente e demagógica, vai à televisão falar que a greve é antecipada! É
uma vergonha o Ministro Aloísio Mercadante mentir descaradamente, porque já
foram dez reuniões em 2012, e o Governo não apresentou sequer 1% de aumento
para os trabalhadores das universidades federais, não cumpriu o plano de
carreira que havia sido negociado com a categoria dos professores
universitários, que também tem os seus salários arroxados. Ao contrário, tem
perseguido o funcionalismo público, aprovou a Medida Provisória nº 568, que
congela a periculosidade e a insalubridade dos médicos. Esse Governo que fala
do aumento das vagas nas universidades federais esquece de falar que não há
sala de aula para os estudantes terem aula. Agora, no segundo semestre, entram
na UFRGS centenas de estudantes de Direito, e não há sala! Na Universidade
Federal de Pelotas, os alunos têm aula no corredor; o curso de Teatro não tem
teatro porque não há dinheiro para as reformas de infraestrutura; o curso de
Comunicação está há dois meses sem professor. É essa a política do Governo
Dilma para a Educação? Um ataque brutal à universidade federal? Um ataque aos
professores? E, ainda, de maneira demagógica, vão à televisão dizer que a
categoria é intransigente. Intransigente tem sido a postura do Governo Federal,
porque, no ano passado, houve uma greve de três meses dos servidores
técnico-administrativos do Brasil inteiro, e o Governo não só atacou a greve
como entrou na Justiça contra essa greve.
Eu acho muito bom cobrar do Prefeito Fortunati
quando ele nega o seu passado de ex-sindicalista e ataca os trabalhadores em
greve; mas eu quero essa coerência na hora de cobrar do Governo Dilma, quando o
Governo ataca a greve dos trabalhadores de maneira a desmontar aquilo que é uma
conquista histórica, que é o direito à mobilização. Infelizmente, nós estamos
vendo uma demagogia, porque, em cada uma das mesas com os servidores públicos
federais ou com os trabalhadores das universidades, o Governo diz que a
negociação é na mesa específica, e, depois, na mesa específica, diz que é na
mesa geral. Nós estamos chegando em agosto, quando fecha o orçamento para o ano
que vem, e, mais uma vez – mais uma vez! –, nenhuma proposta foi feita para
aqueles e aquelas que constroem a universidade pública. A universidade que tem
que ser cada vez mais pública, a universidade que tem que ser cada vez mais
popular, porque muitos dos que pagam impostos no nosso País, muitos – o pedreiro, os técnico-administrativos da Universidade, todos os
trabalhadores –, muitos ainda nem sonham em ter os seus filhos nos
bancos da universidade, porque apenas 9% da população está no Ensino Superior e
menos da metade está no Ensino Superior público. Infelizmente, o Governo Dilma
prefere pagar banqueiros a investir na educação pública como foi votado no
Plano Nacional de Educação, que seriam investidos em Educação 10% do PIB.
Portanto, quero saudar os técnicos que hoje
entraram em greve, os professores de todas as universidades, o DCE da UFRGS,
que fez uma assembleia democrática para discutir a sua posição e aprovou o
apoio à greve, tudo isso na manhã de hoje, para dizer que a universidade pública,
a educação pública a gente não mendiga, a gente conquista, e é com luta, é com
mobilização e é com todas as formas e métodos de pressão para conquistar uma
universidade digna do povo brasileiro. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Carlos Todeschini): O Ver.
João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Carlos Todeschini;
Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras; meus senhores e minhas senhoras, o período
eleitoral é algo muito interessante. Agora mesmo, o nobre Ver. Engenheiro
Comassetto, da tribuna, no meu entendimento, elogiou o Prefeito Fortunati, que
cometeu um erro quando decretou, depois do Governador Tarso Fernando Genro,
ponto facultativo na cidade de Porto Alegre, quando o Estado todo fez ponto
facultativo e, portanto, as áreas de Saúde do Estado também fizeram ponto
facultativo. Ouvi até o Secretário Ciro Simoni ser interpelado por uma das
rádios e dizer: “Mas eu estou aqui recebendo telefonema o dia inteiro como
estou falando com vocês” – mas não
estava na Secretaria. Então, na verdade, o Prefeito de Porto Alegre, depois do
Governador do Estado, decretou ponto facultativo, mas, com toda a humildade,
com toda a seriedade, ele se desculpou perante o povo de Porto Alegre. Já o
Governador não fez isso. O Governador, do PT, não fez isso, e o período é
eleitoral. Também o próprio Prefeito e, hoje pela manhã, o Secretário da Saúde
já estavam tomando as providências para chamar aquelas pessoas que,
lastimavelmente, não foram atendidas na sexta-feira. Então, eu entendo que o
Ver. Comassetto quis elogiar, e elogiou, o Prefeito Fortunati. E também, quando
falou na necessidade de providências imediatas, elogiou o Secretário Marcelo
Bosio, porque essas medidas já foram tomadas. Portanto, o meu agradecimento ao
Ver. Comassetto por ter elogiado a Administração Municipal. A todos, como ele
diria, o meu abraço, mas eu digo: saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. NELCIR
TESSARO: Sr. Presidente, Ver. Todeschini; colegas Vereadoras e Vereadores,
público presente, venho a esta tribuna, no dia de hoje, para falar – e os que
me antecederam já falaram – sobre o problema que ocorreu em Porto Alegre, o
nosso problema da Saúde.
O Ver. João Antonio Dib já manifestou o pedido de
desculpas do Executivo, mas eu acho que só um pedido de desculpas não resolve a
situação. No momento em que ocorreu o problema e o Executivo reconheceu que foi
um grande equívoco, um grande erro a tomada dessa decisão, eu acho que uma
atitude muito mais forte deveria ter ocorrido. No momento em que foram
canceladas cerca de 1.500 consultas médicas, não importa se do Interior ou da
Capital – e tinha gente da Lomba do Pinheiro esperando por uma consulta há
cerca de oito meses –, deveria ter sido tomada uma providência administrativa
para que se pudesse resolver esse problema. Foi dito que serão remarcadas essas
novas consultas. Mas remarcar no período de funcionamento dos postos de saúde
significa deixar de atender outras 1.500 pessoas que também precisam de
atendimento urgente.
Deveria, sim, o Executivo, através do Secretário
Municipal da Saúde, organizar um mutirão num sábado, determinar a abertura, já
no próximo sábado, de todos os postos de saúde que estavam fechados, e convocar
todos aqueles que perderam as suas consultas para comparecerem, e os médicos
estarem ali presentes para procederem às suas consultas, aquelas consultas que
foram perdidas. Agora, não remarcar para o futuro, quando outras pessoas
precisarão daquele mesmo tempo, e não haverá.
Nós defendemos que postos de saúde devam trabalhar
permanentemente – também aos sábados, domingos e feriados. Nos
sábados, domingos e feriados, pode-se reduzir o número de funcionários
trabalhando, mas não se pode fechar, não se pode fechar postos de saúde nesta
Capital! Agora, dizer que é um procedimento normal a Prefeitura determinar
ponto facultativo, porque o Estado assim o determinou, isso também não é correto.
A Assembleia Legislativa não acolheu o ponto facultativo; o Tribunal de Contas
do Estado não acolheu o ponto facultativo; o Tribunal de Justiça do Estado não
acolheu o ponto facultativo. Então, isso é uma decisão que tem ser muito bem
pensada. Também não podem agora dizer: “Nós não vamos mais dar ponto
facultativo, porque ponto facultativo foi o problema”. O ponto facultativo não
foi o problema. O ponto facultativo é um ato que qualquer administrador pode
determinar, mas tem que se tomar as providências para que não ocorram problemas
durante o ponto facultativo, para que ali possa, sim, ter um contingente de
funcionários para atender aquelas consultas já marcadas, para poder dar
atendimento aos casos emergenciais. Se o problema foi pela falta de gestão, eu
não vou propor que acabem com o ponto facultativo. Isso é muito fácil, isso é
fazer uma gestão sem pensar em qualificar, em melhorar o atendimento na
Capital.
Eu quero dizer mais uma vez: Saúde pública tem que
ter um tratamento diferenciado das demais Secretarias desta Capital ou deste
Estado. Saúde pública tem que ter um atendimento permanente, e não paliativo,
tratando simplesmente daquele ato. Havendo uma ocorrência, nós vamos resolver
esse problema pontualmente? Não, tem que saber fazer uma preparação para um
atendimento melhor, principalmente nos meses de inverno, quando as pessoas
estão mais propensas a se dirigirem aos hospitais e a estarem todas as
emergências lotadas, como estão hoje. E, além das emergências lotadas, os
nossos postos fechados.
Então, nós queremos que o Executivo pense em uma
nova solução; pense, sim, em manter permanentemente abertos os postos de saúde
desta Capital. Aos sábados, domingos e feriados, abrir, sim, com contingente
menor de funcionários, mas não deixar a população desamparada.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Apregoamos o Termo de Indicação do Líder e
Vice-Líder do PRB, de autoria do Ver. Waldir Canal.
O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ
BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, senhoras e senhores, com toda a certeza a decretação do ponto
facultativo, tanto por parte do Governo do Estado como do Governo Municipal,
constituiu-se num erro muito grande. Acontece que vivemos numa época em que os
agentes públicos, quando cometem erro, tentam justificá-lo de todas as formas,
tentando passar para opinião pública que tinha que ser assim, como se tivessem
sido forçados a fazer.
O que eu gostei muito em relação ao Prefeito Fortunati
e ao Secretário da Saúde foi que eles, com muita humildade, quando perceberam
que tinham errado, justamente por ser a área da Saúde, imediatamente pediriam
desculpas à população e começaram a ver formas de compensar o erro que haviam
cometido. Ora, errar é absolutamente humano! O que não pode é o agente público,
quando erra – e o PT foi mestre nisto, ensinou muito –, não reconhecer o erro:
em vez de reconhecer o erro, tenta justificar esse erro. Isso acabou fazendo
com que nós, muitas vezes, tivéssemos problemas grandiosos no Município de
Porto Alegre. De um deles, Ver. Elói Guimarães, eu me lembro, e foi exatamente
na área da Saúde, quando praticamente era o último dia daqueles 16 anos vividos
pelo PT aqui na nossa Prefeitura. O que fez o administrador do PT? Ele passou
recursos para o Grupo Conceição – porque,
afinal de contas, lá no Grupo Conceição, eles mesmos é que iam administrar as
verbas da Saúde –, e deixou Porto Alegre sem os recursos necessários para que a
Saúde pudesse realmente se dar nos mesmos níveis que ocorreu no passado. Eu
acredito que esse erro, pelo qual o PT jamais pediu desculpa, o PT jamais o
reconheceu... Erros assim e administradores assim devem realmente ser punidos
pela população.
Agora, um administrador que reconhece que errou e
tenta de alguma forma rever o seu erro, tenta minimizar os prejuízos que foram
causados, pelo menos, nos dias atuais, merece os nossos aplausos, porque,
afinal, de um homem público dessa estirpe, nós estamos precisando, sim. Nós
precisamos de pessoas que sabem que, quando erram, podem realmente vir a
público e dizer: “Olha, nós erramos e vamos fazer ações para poder tentar
compensar o erro que foi cometido”. Assim agiu o administrador desta Cidade,
ele foi a público para poder dizer que tinha cometido um erro e que queria, de
todas as formas, fazer ações para poder compensar o erro.
Vossa Excelência colocou, inclusive, aqui da
tribuna, outras formas para compensar este erro. E V. Exa. sabe muito bem que,
lá no passado, esse mutirão já foi utilizado para compensar erros que o PT
cometeu frente à gestão pública da área da Saúde, porque era uma fila imensa de
pessoas que estavam lá para consultar e que não conseguiam consultas.
Então, o administrador que veio após aqueles 16
anos do PT, que foi essa dupla que era composta pelo Fogaça e o Fortunati, teve
de fazer um mutirão para compensar os erros que foram cometidos no passado.
Então, acho o seguinte: administrador erra? Erra,
com toda a certeza. Os administradores estão aí cometendo erros, praticamente,
a todo o momento. Não que eles queiram cometer, mas, afinal de contas, o erro é
absolutamente humano, principalmente, quando se conduz uma cidade como Porto
Alegre.
Mas é muito bonito se ver...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Mauro Zacher reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, acho que esta Casa
deve se debruçar, sim, mais sobre o tema da Saúde e do ponto facultativo.
Eu me preocupo com o Prefeito que, no final da
tarde, para fins de atenuar o impacto, anuncia que não haverá mais ponto
facultativo até o final do ano. Uma decisão tão pensada quanto a decisão de
estabelecer ponto facultativo na sexta-feira. Nós, na quarta-feira, lá pelas
cinco da tarde – inclusive eu conversava com alguns Vereadores –, não sabíamos de ponto facultativo. Foi decidido no final da tarde de
quarta-feira.
Eu acho, senhores, que todos nós podemos errar e
erramos. Acho que não é o caso de crucificar. O que me preocupou foi uma série
de questões: primeiro, a falta de planejamento e a diferença de tratamento
entre o funcionário que para numa terça-feira, Ver.ª Fernanda, informa à
comunidade, aos pais, avisa aos alunos que não haverá aula, porque é uma
manifestação soberana, democrática, dos funcionários, e leva falta, é
descontado. Ponto vermelho, ponto recolhido na escola.
Uma semana depois, o Prefeito estabelece um ponto
facultativo, e não está nem aí se o usuário, se o aluno foi informado. Nem
todas as escolas municipais iam fazer feriadão. A escola municipal, para fazer
um feriadão, para fazer uma ponte, planeja isso lá no inicio do ano, ou melhor,
no final do ano anterior, entregando esse planejamento à SMED. Então, as
famílias já sabem no início do ano todos os dias em que haverá ou não aula.
Então, provavelmente, algumas escolas tiveram que sair correndo para avisar os
alunos que haveria feriadão.
Então, o Prefeito Municipal fez bem em reconhecer o
seu equívoco; agora, não dá para acreditar, quando o Prefeito afirma, o
Secretário afirmou, que logo atenderiam os usuários, os cidadãos que não foram
atendidos. Ora, senhoras e senhores, nós andamos na cidade de Porto Alegre. Tem
que madrugar para pegar ficha, madrugar! É dramática a disputa por uma ficha,
por uma consulta, não é uma coisa simples. As pessoas adoecem e não têm
atendimento, porque não há fichas suficientes, não há médico. Acabam nas
emergências, que estão lotadas. Isso é matéria de jornal todo dia. Então, não é
uma área que se possa dizer: “Feche” – de um dia
para o outro. Mais, não é uma área que tem como dizer: “Eu atenderei na semana
que vem”. Ou será que nós estamos com as agendas vagas, que há médicos
suficientes, nos postos de saúde, para atender, num dia inteiro, o atendimento
da semana toda? Será que não vai prejudicar, Ver.ª Maria Celeste, mais ainda os
que vão esperar por ficha? Madrugar para pegar a ficha? Situações dramáticas de
mães, de grávidas, de idosos, de pessoas que são pagas para conseguir uma ficha
de consulta.
Na verdade, nós temos que verificar, o que acho que
esta Casa tem que cobrar, de fato, se há um aumento de atendimento, se vão
pagar hora extra de médico, se vão fazer plantão, porque, se não alterar o
atendimento, certamente, estarão penalizando ainda mais os cidadãos, que já são
penalizados no dia a dia. Então, tem que haver uma medida anunciada, combinada
com os funcionários municipais para fazer esse atendimento. Quem sabe já
aproveitamos, ampliamos e entramos na Operação Inverno. Já começou o inverno, e
nós não temos notícia, Ver. Carlos Todeschini, da Operação Inverno. Nós sabemos
que todas as doenças respiratórias, a gripe, prejudicam muito mais, e que neste
período é muito mais grave e dramática a situação da Saúde pública. Então, o
Prefeito que aproveite, ao invés de ele anunciar que não haverá ponto
facultativo, que é uma temeridade, porque nos dias 24 e 31 de dezembro caem
numa segunda-feira. Aí, planejado, acho que tem que ter ponto facultativo;
agora, não isso. Que ele já anuncie, que já chame o secretariado, que já chame
o Secretário de Saúde, que anuncie e operacionalize uma Operação Inverno muito
séria, muito boa, para prevenir novos problemas e resolver o déficit de ontem.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Quero saudar aqui a presença do Secretário de
Turismo e Cultura da Prefeitura Municipal de Rio Pardo, o Sr. Ronaldo Pinto
Gomes. Seja muito bem-vindo a esta Casa. É muito importante que nós possamos
fazer essas trocas de experiência.
O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
meus senhores, minhas senhoras, cidadãos porto-alegrenses, Ver.ª Sofia Cavedon,
eu quero dizer a V. Exa. que eu preciso cumprimentá-la, porque V. Exa. queria
criticar o Governador Tarso Fernando Genro e não teve coragem, porque foi ele
quem primeiro decretou ponto facultativo. O Prefeito não estava em Porto Alegre
e se equivocou, mas ele teve a dignidade, teve a hombridade de falar com a
população e dizer: “Eu errei, eu estou pedindo desculpas, estou determinando à
Secretaria de Saúde que recupere as consultas não atendidas”. Mas o Governador
do Estado, um supergovernador, um homem acima de todos os outros, este não pede
desculpas. Eu ouvi, na sexta-feira, o Secretário de Saúde do Estado dando
explicações esfarrapadas, dizendo que ele estava atendendo ao telefone. E
perguntaram se ele estava na Secretaria, e ele disse: “Eu estou atendendo ao
telefone, estou falando com vocês no rádio”. Mas o Secretário de Saúde do
Município disse que já estava pensando em como chamar aqueles que não foram
atendidos naquela sexta-feira. Realmente foi um equívoco, foi triste, foi
desagradável, ninguém diz o contrário, nem o Prefeito. Mas o Prefeito teve a
dignidade de dizer: “Eu errei”. Mas reconhecer o erro tem que ser para pessoas
diferentes, para pessoas que têm hombridade e não para aquelas que do alto do
Governo do Estado decretam ponto facultativo. A Secretaria de Saúde do Estado – que atende todo o Estado, não só a cidade de Porto
Alegre, atende os porto-alegrenses e gente que vem de fora – não pôde atender. Mas eu não vou falar em saúde
para o PT, que, ao longo de 16 anos, deixou milhares de cirurgias marcadas que
não foram feitas. E, assim que essa administração que aí está assumiu, a
primeira coisa que foi feita foi um mutirão com milhares de cirurgias feitas na
administração do Secretário Pedro Gus. Então, não falem em saúde, não critiquem
indiretamente o Governador do Estado, porque não têm coragem de criticá-lo.
Quem primeiro fez o ponto facultativo foi o Governo do Estado, foi a Secretaria
de Saúde do Estado, e a Secretaria do Estado atende mais gente do que a
Secretaria de Saúde do Município. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, os temas da Saúde, da Educação e da Segurança não
deveriam ser discutidos, primeiro, por nenhum candidato, e deveria ser seguido
por todos os homens públicos. É obrigação de qualquer homem público cuidar da
Saúde. Eu estava ouvindo a Ver.ª Sofia, e parecia que, quando ela ficou no
Governo... E continua no Governo Federal, foi o Governo Lula que liquidou com a
Saúde no Brasil, “desandou a maionese” nos últimos oito anos, com o Lula. Ele
só se preocupa com os “Cachoeiras”, ele transformou o riacho em cachoeira, e
esqueceu da Saúde. O Governo Lula afundou as instituições que cuidam da Saúde;
liquidou com os hospitais filantrópicos. Liquidou! Estão de “pires na mão”! O
Governo Tarso, na semana passada, só faltou mandar prender os caras dos
hospitais do Interior do Estado. Só faltou mandar prender! Agora, quando eu
ouço a Ver.ª Sofia, parece que está tudo bem no Estado, no País, no Hospital
Conceição, no Hospital de Clínicas... Não! A Saúde vai mal em todos os lugares
do Brasil. Todos os lugares do Brasil! Falta respeito com o cidadão!
Eu sou contra fazer
ponto facultativo; ou é feriado, ou não é feriado! Com esse negócio de faz quem
quiser, todo mundo faz feriado! E está errado! O que está errado é o princípio
do ponto facultativo. Ou se diz que é feriado, se assume que é feriado, ou não
se faz feriado! Que negócio é esse? Todos os trabalhadores do Brasil estão
trabalhando. Sexta-feira, nas obras, todos estavam trabalhando. Então, que se
acabe, de uma vez por todas, com o ponto facultativo.
E o pior: ponto
facultativo no meio do feriado! Isso não tem que ter! E não foi só o Fortunati
quem errou; o Governador fez esse decreto. Ele está bem quietinho, não quer nem
que se fale no assunto, não quer que se fale! Todo mundo errou! O Fortunati –
disse muito bem o Ver. Dib – pediu desculpa. Isso vai resolver?
Gostei da sugestão do
Ver. Tessaro: neste momento não tem situação ou oposição; vamos fazer um
mutirão no sábado, no domingo. Tenho certeza de que os próprios servidores vão
querer fazer isso. Não tem oposição quando se trata de Saúde! E não adianta
colocar no Facebook aquela senhora que caiu de muleta, porque ela não estava
consultando por usar muletas; era para um oftalmologista o problema dela! E é
de todo o Estado do Rio Grande do Sul. Tenho certeza de que o Prefeito da
cidade dela também fez ponto facultativo, o que está errado também, está
errado! A Saúde não tem feriado, a Saúde não tem ponto facultativo, ninguém
escolhe a hora para ficar doente! Agora, tem que ter dignidade para reconhecer;
o Fortunati fez isso, porque tem dignidade. Acho que este não é momento de
ninguém atacar e ninguém defender; o que estou dizendo aqui é que está na hora
de todos os brasileiros – em nível federal, estadual, municipal, pobre, rico,
todos os grupos de saúde, saúde em grupo – fazerem uma força para diminuir esse
flagelo que é a Saúde pública brasileira, que foi para o brejo com o Governo
Lula, foi para o brejo!
Não se repassou mais
dinheiro para quem tem direito, só se exige dos Municípios; e os Estados – do
Rio Grande do Sul, do Paraná, todos os Estados – se esconderam atrás da
municipalização. O que têm as Secretarias de Saúde de todos os Estados é uma
grande estrutura, mas não cuidam de nada, não são responsáveis por nada; fazem
alguns programas para justificar, e é só isso, e a população que se dane. Está
na hora de parar de fazer oposição ou situação; que se faça aqui um mutirão
para resolver o problema de todos aqueles que estão precisando de médico.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, sobre a questão do ponto facultativo, eu concordo,
praticamente na íntegra, com a posição do Ver. Cecchim: o ponto facultativo se
transformou num dia de feriado, o que não é ponto facultativo. Agora, param no
serviço público, mas também param, numa quantidade bastante grande, as empresas
privadas. Não estou aqui para criticar ninguém! Na sexta-feira, saí para fazer
uma compra de um equipamento de informática, e me informaram: “Olha, vai ser
difícil o senhor encontrar, porque hoje é feriado”. Na verdade, muita empresa
também parou, acho que foi uma questão universal.
Quero registrar que o
que aconteceu na cidade de Porto Alegre, na sexta-feira, foi, exatamente, uma
falta de programação de médio e longo prazo.
Quarta-feira, à
tarde, estávamos aqui na Câmara, e não se sabia do dito ponto facultativo. O
que é preciso, então? É preciso, basicamente, estabelecer as datas desses
pontos facultativos e divulgar, lá no início do ano, por exemplo, o maior
número possível dessas datas, para que a comunidade conheça e saiba se pode ou
não marcar uma consulta em A ou B.
Eu concordo, mais uma
vez, com o Ver. Cecchim: na área da Saúde não há de se pensar em ponto
facultativo. Ou até há de se pensar, sim, agora, numa boa montagem desses dias,
para que se possa, com antecedência, estabelecer substituições. Porque a
doença, diz o Ver. Cecchim – e eu concordo com ele –, não vai dizer: “Bom, no
dia do ponto facultativo não vou acontecer”.
Portanto, o erro foi
a definição de última hora. Não é possível que se estabeleça na quarta-feira
uma parada para quinta ou sexta, minha cara Vereadora. É necessário uma melhor
programação dessas ações ou das ações todas que o Executivo venha a adotar para
que a comunidade conheça com antecedência essas situações. É isso, obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver.
Paulinho Rubem Berta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Sr.
Presidente, Ver. Mauro Zacher; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, todos que
nos assistem, já deve ser a quinta, a sexta ou a sétima vez que eu venho a esta
tribuna para pedir – é esta palavra mesmo: pedir – o empenho da Bancada da
oposição, do Partido dos Trabalhadores, para que nos ajudem. Não vim aqui para
espezinhar ninguém; não vim aqui para fazer crítica: vim aqui pedir ajuda à
oposição para que nos ajudem a entregar esta Unidade de Saúde que está pronta!
(Mostra fotografia.) Está pronta, no Conjunto Residencial Rubem Berta. Vai
atender, Vereadora, milhares de pessoas! Olhe, para a senhora ver: isso é uma
injustiça! Isso foi feito com o dinheiro do Governo do Estado; está aqui,
pronta, só faltando uma autorização, um repasse da área para o Município, para
a Secretaria da Saúde, para que se possa inaugurar este posto e entregá-lo à
comunidade.
Na realidade, não interessa se é oposição ou situação: interessa a situação de cidadãos que precisam da Saúde, que são idosos!
(Aparte
antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: É a quinta vez que eu falo: Rua Domenico Feoli, Vereadora.
Para este Vereador
não interessa se é situação ou oposição, interessa que dê direito à população.
Foi concluída esta
obra em fevereiro. Fevereiro! Aos Vereadores Mauro Pinheiro, Todeschini, Maria
Celeste, Adeli Sell, a todos os Vereadores eu peço que o Governo do Estado
autorize, repasse imediatamente essa obra para o Município!
Não dá para segurar
ter uma obra, um Posto de Saúde... Olhem o tamanho destas peças aqui! (Mostra fotografia.) Está prontinho, não falta nada!
Nada! Está aqui!
Não é crítica, o
Governo do Estado fez tudo que pôde para esta unidade de saúde funcionar e,
agora, ela está fechada, Vereador; o senhor conhece, o senhor mora perto.
É prejuízo para todos
nós não termos uma unidade aberta, mas é mais prejuízo ainda para quem precisa
da Saúde. Não dá para ter uma morosidade para liberar uma obra construída com o
dinheiro da população! Estou aqui, humildemente, pedindo que os Vereadores
liberem.
Ontem, eu estive em
uma caminhada com o Padre Alexandre, da Capela Menino Jesus de Praga; fomos com
quase 200 pessoas até a frente da unidade, e eu tive que me esmerar para poder
explicar. E não foi para criticar A ou B. Quando se leva para esse lado da
crítica ou isso ou aquilo, tudo bem, mas não é o que estou fazendo; o que eu
quero, o que eu preciso, o que a comunidade precisa é dessa Unidade de Saúde! Vai
ter dois dentistas lá para atender a população. Nós precisamos que o Governo
libere isso de uma vez! Não dá para fazer política agora! Por favor! Todos nós
temos obrigação e compromisso com isso!
Com uma unidade desse
tamanho, haverá duas equipes de dentistas; serão mais de 20 pessoas atendendo a
população; onde há uma unidade de saúde, haverá três equipes de PSF. Vocês que
moram ali, vocês sabem que é verdade.
Aqui não se trata de
bater no branco ou no preto: aqui se trata de atender a população e usufruir o
dinheiro dela, do recurso que ela plantou lá, que ela construiu. E aí uma
comunidade do tamanho do Rubem Berta, com mais de 30 mil pessoas, tem que ir,
de madrugada, para a fila! Vai ter que ir, pois tem unidade fechada, não passa
para o Município, não passa para a Secretaria da Saúde!
Por favor, isto aqui
é caso urgentíssimo; é para ontem, para anteontem; não é para esperar mais, não
dá para esperar mais, não tem como esperar mais! A população espera isso de
nós, a população nos paga para isso. E nós estamos aqui.
Quero fazer novamente
um apelo; já fiz aqui cinco ou seis vezes o mesmo apelo, quem quiser falar a
verdade sabe disso, mas parece que bati num muro de concreto; deram-me um
canivete para derrubar o Muro de Berlim, porque ninguém atende, ninguém presta
atenção, ninguém quer dizer nada.
Sinto muito, mas é o
seguinte: eu faço mais um apelo aqui, e é a última vez que vou fazê-lo. Não vou
fazer mais este apelo. Peço desculpas. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, como 2ª Vice-Presidente da Câmara,
eu queria fazer um pedido. Os estagiários e as estagiárias desta Casa estão com
o salário atrasado há quase sete dias, uma vez que o pagamento é, no máximo,
até o dia dez. Certamente, nós trataremos deste assunto na Reunião de Mesa, mas
é de responsabilidade da empresa alguns papéis. A previsão é de que sejam pagos
apenas na quarta-feira, pela manhã. Por experiência própria dos anos em que fui
estagiária – e tenho certeza de que é um problema para a maior parte dos
estagiários da Casa –, já é um problema de valores e recursos para o almoço e
deslocamento. Então, quero pedir que os estagiários sejam liberados, amanhã, do
ponto, enfim, para que, depois que receberem os seus salários, voltem a
trabalhar. Trabalhar sem receber certamente é injusto, e nós não podemos
compactuar com isso.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Mauro, além disso, fui me dando conta; depois de saber da segunda
situação, falei com V. Exa.; nós sabemos do problema, eu sugiro a V. Exa., obviamente,
que é o Presidente da Casa, que essa empresa seja penalizada, porque nós não
podemos viver situações tipo a da Meta, que terceirizava os serviços na SMED e
que dependia de receber recursos, e não entregava os documentos. Eu só lamento:
como os estagiários vão se deslocar para o trabalho, para o emprego? Acho, sim,
que devemos pensar no dia de amanhã, dispensá-los ou construir uma agilização
dos recursos de hoje para amanhã. Não é possível que tenham que esperar o
desconto do cheque, ainda.
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Zacher): Ver.ª Sofia e Ver.ª Fernanda, eu estou acatando,
aqui, a decisão. Vou consultar a nossa Diretoria, porque todos fomos pegos de
surpresa, hoje, com o atraso do pagamento dos nossos estagiários, haja vista
atrasos da documentação dessa instituição que participou de uma licitação,
ainda no ano passado. Conquistou essa licitação, dentro dos preços e outros
requisitos que foram estabelecidos, e vem prestando serviço ao longo dos meses.
A nossa Diretoria Administrativa já havia nos avisado que vai fazer a
advertência a essa empresa pelos atrasos e outras questões mais. Se houver
necessidade, a possibilidade de liberar os estagiários pela falta de recursos,
nós iremos fazer isso. Então, ao longo da Sessão, eu já quero responder às
Sras. Vereadoras.
O Ver. Dr. Goulart está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. DR.
GOULART: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; meus estimados e queridos colegas
Vereadoras e Vereadores, eu queria lembrar a todos os Vereadores que aqui estão
e aos que estão nos gabinetes, e, porventura, aos que não estão nos gabinetes,
através dos supervisores de Bancada, que nós precisamos ter uma votação
importante, hoje. É uma votação esperada por muito tempo, que é a
regulamentação dos cargos, das posições e a inscrição da Controladoria aqui no
Legislativo. O Projeto precisa de 24 votos, meus queridos; precisa de 24 votos;
vou dizer pela terceira vez: precisa de 24 votos! E, como os nossos colegas da
gestão estão há anos lutando contra isso, e esperam hoje a votação, porque está
na Ordem do Dia – é o terceiro e quarto momentos de votação –, eu espero que
todos os Vereadores estejam aqui. Eu os conclamo para estarem aqui! (Palmas.)
Obrigado.
Meus queridos, é bem verdade que houve um momento
de lapso no ponto facultativo para a Saúde, na cidade de Porto Alegre. S. Exa.,
o Prefeito, já pediu desculpas – pediu muitas desculpas, e eu, aqui, como
Vice-Líder do Governo, peço desculpas também. Talvez, se fosse um enfermeiro,
uma técnica de enfermagem ou um médico o Secretário da Saúde, isso não tivesse
acontecido. Pena que o médico tivesse que sair para concorrer a Vereador.
Mas não são os números que estão sendo ditos:
“Milhares de pessoas ficaram sem ser atendidas”. Não digam isto, porque isto
não é verdade. Foram 299 pessoas, infaustas, que deveriam ter sido atendidas e
que não o foram. Mas 299. O que está fazendo a Prefeitura? Primeiro:
reconhecendo a falha – o que é nobre; segundo: pedindo
muitas desculpas; terceiro: remarcando, telefonando para todas as pessoas que
deixaram telefone e endereço, remarcando, com prioridade – não no lugar de
outras, mas em lugares excedentes para que elas sejam atendidas. Nós temos aí
299; já foram contatadas, hoje, 101 pessoas, e tiveram as suas consultas
remarcadas.
Foi inadmissível, mas, atento, o Prefeito buscou a
solução que poderia ser feita, uma vez que houve aquela renúncia de
atendimento. Fica, mais uma vez, comprovado que não se fecha posto de saúde;
abre-se posto de saúde. Ainda há pouco, o Coren interditou a emergência do
Hospital Conceição, que estava muito cheia e com dificuldade de atender, mas
ficar aberto é melhor do que deixar de atender. E, seguramente, o Prefeito não
foi orientado pelo Secretário que não deveria deixar de atender as pessoas,
porque, se tivesse sido... e para isso o Prefeito tem seus Secretários, para
isso o Prefeito tem a sua Assessoria, para chamar a atenção dos inúmeros
trabalhos que esse homem tem para fazer, e que outros prefeitos também têm,
para que não fechassem a Unidade de Saúde. Aquela senhora que caiu, caiu de
ansiedade, coitadinha, porque vinha para consulta oftalmológica – olhos –, e
não dor na coluna, como a notícia veio pelos jornais. Era de um oftalmologista
que ela precisava, e ela tinha o direito de ter essa consulta, mesmo porque uma
consulta com oftalmologista é extremamente difícil! Ela já foi procurada e será
marcada a consulta com o oftalmologista.
Então, meus queridos, um momento ruim para
acontecer isso, porque aí começam os paladinos, que nunca fizeram nada pela
Saúde, a gritar, aos quatros ventos eleitoralmente, que houve um erro. Houve!
Erros podem acontecer, não podemos é persistir no erro! E S. Exa., o Prefeito –
digo novamente para quem ainda não ouviu –, pediu humildemente desculpa por
esse ato inesperado, indesejado e que jamais deverá acontecer. Saúde tem que
estar de porta aberta! Jamais fechar, um minuto que seja, qualquer posto de
saúde. Um beijo para vocês.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
BOSCO VAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, desta Lei Geral da
Copa, que foi aprovada e sancionada pela Presidente Dilma, foi contrabandeado
um artigo que indeniza os campeões mundiais de 1958, 1962 e 1970, cada um deles
com R$ 100 mil, e quem tiver mais de 60 anos, com uma aposentadoria vitalícia
de R$ 3.800. Eu lembro que lá atrás, quando o Brasil foi campeão em 1970, o
Maluf deu um fusquinha para cada um e foi condenado pela Justiça. Mas essa não
é uma discussão do mérito que eu quero fazer, eu quero fazer um paralelo com os
boinas azuis, do Batalhão Suez, que há mais de 40 anos foram à Faixa de Gaza em
busca de paz. E os boinas azuis, do Batalhão Suez, que há mais de 10 anos
pediram também somente uma indenização de R$ 100 mil para cada um, esse
processo dorme nas gavetas do Ministério do Planejamento. A Presidente Dilma,
quando Chefe da Casa Civil, foi favorável à indenização aos pracinhas, aos
boinas azuis! O atual Ministro da Defesa é favorável à indenização aos boinas
azuis que estiveram lá na Faixa de Gaza! O Deputado Vieira da Cunha fez uma
emenda a esse Projeto proposto pela então Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, mas não se sabe por que nem o próprio Governo consegue movimentar
esse Projeto dentro do Ministério do Planejamento!
Então, está acontecendo aí
dois pesos e duas medidas para heróis diferentes! E vejam que eu sou ligado ao
esporte! Entre escolher os campeões mundiais e escolher os boinas azuis, que
arriscaram a vida, ainda jovem, para ir à Faixa de Gaza, abandonando a família
para buscar a paz, eu fico com a indenização aos boinas azuis! Ou será que o
Zagallo precisa de R$ 100 mil e R$ 3.800,00 por mês? Será que o Parreira
precisa de R$ 100 mil de indenização e R$ 3.800,00 de aposentadoria por mês?
Será que o Nilton Santos precisa? Precisa! Ele está hospitalizado, está mal! Será que o
Gilmar dos Santos Neves, o goleiro, precisa? Precisa! Ele está numa cadeira de
rodas! Provavelmente, a grande maioria necessite. Não sou
contra. Agora, é preciso tratar com igualdade. Por que esse Projeto que prevê a
indenização aos boinas azuis, do Batalhão Suez, dorme nas gavetas do Ministério
do Planejamento, quando a Presidente Dilma é favorável, quando o Ministro da
Defesa é favorável? Os boinas azuis vivem essa expectativa de também poder
receber essa indenização de R$ 100 mil, e o Projeto não prevê aposentadoria
para quem tem mais de 60, e muitos deles têm mais de 70 anos!
Quero deixar esse
registro da desigualdade, porque são heróis diferentes: heróis do esporte e
heróis da vida, que foram lá com sua juventude, deixaram aqui suas famílias.
Tem um caso que os boinas azuis contam que tiveram que jogar um companheiro no
mar, porque morreu e não podiam trazer no navio.
Deixo aqui esse
registro. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher – às 16h40min): Havendo quórum, passamos à
Em votação as Atas
disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico: Atas das 36ª, 37ª, 38ª,
39ª, 40ª, 41ª, 42ª, 43ª, 44ª e 45ª Sessões Ordinárias e das 8ª, 9ª, 10ª e 11ª
Sessões Solenes. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADAS.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 1183/12 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 005/12, que acrescenta art. 17-A na Lei
Complementar nº 636, de 13 de janeiro de 2010, que institui o Programa Minha
Casa, Minha Vida – Porto Alegre, altera o parágrafo único do art. 1º da Lei
Complementar nº 548, de 24 de abril de 2006, alterada pela Lei Complementar nº
619, de 10 de junho de 2009, revoga a Lei Complementar nº 619, de 2009, e dá
outras providências.
Com Emenda nº 01.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR e
CUTHAB. Relator-Geral Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto e
da Emenda nº 01.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 11-06-12.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLCE nº 005/12. (Pausa.) O Ver. Dr.
Goulart está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/12.
O SR. DR.
GOULART: Meus queridos Vereadores e Vereadoras, meu querido Presidente, é
necessário, neste momento histórico da habitação popular no Brasil, que se
aprove esse instrumento. O que se passa? Nós conseguimos construir, no âmbito
do Programa Minha Casa, Minha Vida, 2.700 habitações. É muito pouco. Muito
pouco para a Direção do DEMHAB – que desde o
Tessaro vinha trabalhando isso, depois comigo e agora com o Jorge Dusso –, que imaginava construir em torno de oito a dez mil habitações. Nós
imaginávamos isso. E assim fizemos vários chamamentos, onde ofertávamos terras
públicas para que fosse construída a casa para moradia de mulheres chefes de
família com dificuldades, para moradores de áreas de risco. O que acontece?
Houve o chamamento público, e a maioria das empresas que ganhou o chamamento
público não se apresentou para fazer a construção, não se apresentou para enviar
o projeto para o Cadap – Cadastro de
Dados Pessoais –, órgão que criamos na Prefeitura para agilizar a
casa popular; não se interessaram, acharam muito pouco. Nós temos várias terras
públicas para construir perto de duas mil habitações, que não são atendidas – essas terras não são atendidas. A Prefeitura foi ao encontro dos
construtores e viu que lhes faltava algum valor para fechar as contas. Então,
apresenta-nos este Projeto para que votemos hoje e o aprovemos, por gentileza,
para que a Prefeitura possa concorrer para os empreendimentos com alguma
infraestrutura ou com algum subsídio, e o subsídio pensado, estudado e acordado
com os construtores, e agora trazido para a visão dos Vereadores, seja a
inclusão, por cada habitação, de mais seis CUBs, que dá em torno de R$ 7 mil
por habitação. O preço de R$ 55 mil por habitação não é o desejado pela
construção civil, e as pessoas estão aí, o novo inverno chegando, as chuvas
prometendo – uma vez que quase não houve chuva, poderá haver
daqui a pouco bastante chuva –, e vão
começar de novo todos os problemas. E mais, muitas dessas pessoas estão em
casas de Aluguel Social, aguardando por habitação, e nós precisamos zerar o
Aluguel Social – porque é a Prefeitura quem paga, nós quem pagamos
o Aluguel Social –, para que se construa essas
casas.
Precisamos da aprovação, na íntegra, deste Projeto
para que amanhã, uma vez sancionado pelo Prefeito, a gente possa no dia
seguinte já estar cobrando das construtoras que abandonem os projetos que
tentaram fazer e não conseguiram – e é ruim, e é
feio, e é malvadeza que não se faça isso –, ou deixem
para outras, ou outras venham socorrer o de zero a três salários mínimos. Por
que estou dizendo isso? Porque, de três a seis salários mínimos, tem quem faça;
de seis a dez salários mínimos, tem gente que faz mais correndo ainda. Mas para
o povo de zero a três, se não é nós chorarmos, gritarmos, nos ajoelharmos,
falarmos para os Vereadores, pedirmos para as esquerdas, que estão sempre do
lado do povo nos ajudar, e à direita, também do lado do povo... Eu também
pediria que nós passássemos este Projeto hoje ainda, para que a gente pudesse,
durante esta semana, fazer o Projeto final, que vai dar de três mil a quatro
mil casas para o povo de Porto Alegre.
Meus queridos amigos, é esta a proposta. Precisamos
dos votos, por isso estou conclamando os Vereadores e chamando-os para que
venham votar. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para
discutir o PLCE nº 005/12.
O SR. NELCIR
TESSARO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; colegas Vereadoras e Vereadores; eu
quero também cumprimentar o corpo técnico do DEMHAB, da Controladoria, que está
presente, aguardando que se coloque o Projeto em votação. Eu quero dizer que a nossa
Bancada votará a favor, para que esta discussão, que já vem de longa data,
possa se tornar realidade na data de hoje.
Eu venho aqui para discutir a matéria que afeta
diretamente o DEMHAB, que é a alteração do Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 005/12, que justamente trata da habitação social e a contrapartida
municipal. Desde a implantação dessa legislação proposta pelo Município, no dia
13 de janeiro de 2010, quando eu tive a felicidade de estar como Prefeito em
exercício e sancionar esta Lei que ora estamos alterando, nós já sabíamos que
precisaríamos alterá-la no futuro, porque não estavam sendo contemplados os
valores reais para a construção de habitações sociais nesta Cidade.
Hoje, a Caixa Econômica Federal dá o subsídio de R$
56 mil, Ver. Dr. Goulart, para cada habitação. E V. Exa. sabe, porque lá também
tentou fazer mais habitações e viu da impossibilidade, do valor ínfimo que
representam os R$ 56 mil. Mesmo com a contrapartida do Município, que já faz a
doação de terrenos para construção de habitações, ela se torna inviável. Agora,
nós entendemos que o Município proporciona o subsídio de seis CUBs justamente
para auxílio na infraestrutura, que é onerosa e o início de todas as habitações
de Porto Alegre. E esses R$ 6.800,00 de contrapartida a cada unidade
habitacional, com toda a certeza, vão fazer com que as empresas, tanto do Rio
Grande do Sul, como do centro do País possam construir mais habitações, porque
havendo projetos e terreno, a Caixa Econômica está pronta, com esse belo Programa,
para fazer esse financiamento.
Eu tenho certeza que aquela meta de produzir, em
Porto Alegre, em uma gestão de três a quatro anos, dez mil habitações, será
possível se o Sindicato puder fazer com que as empresas ganhem, com essa
contrapartida, e possam produzir habitações sociais, podendo elevar de R$ 56
mil até R$ 72 mil, se considerarmos a doação do terreno por parte do Executivo
Municipal.
Nós temos toda a Vila Tronco, que são cerca de
1.500 famílias, em que está instituído o bônus-moradia, mas com esse subsídio,
quem sabe, as 31 áreas que foram desapropriadas ao longo da Zona Sul possam,
sim, ter parceria com as construtoras para as suas construções. Quem sabe a
Vila Nazaré possa ter um destino bem mais rápido com novas construtoras
surgindo, para construções lá na Zona Leste de Porto Alegre, próximo ao
Timbaúva, e lá assentarem as 1.400 famílias que precisam ser removidas. Também,
quem sabe, no próximo ano, surjam projetos para fazer com que nossas ilhas
tenham mais cidadania e não passem outros invernos – como este ano – com esse problema de umidade e
com a falta de um teto para que as crianças possam ter abrigo.
A Sra. Sofia
Cavedon: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Tessaro, eu
fiquei me perguntando, com a sua manifestação... Eu sei que está sendo difícil
conseguir empresários, porque esse valor é baixo, mas vejam o bônus-moradia,
com toda a pressão para aumentar, foi para R$ 52 mil, ou seja, é abaixo do que
a Caixa paga para o Minha Casa, Minha Vida, de zero a três. Então, acho que
temos que ajustar isso, podíamos discutir isso melhor, porque as pessoas não
conseguem comprar a casa na região em que moram com esse bônus-moradia.
O SR. NELCIR
TESSARO: Eu entendo, Ver.ª Sofia, justamente, que, com o bônus-moradia fica um
pouco difícil, mas eu ainda defendo mais que haja um incentivo nessa parte da
construção civil, porque ali estaremos dando empregos. E nós precisamos, cada
vez mais, dar empregos, justamente para essa gama de trabalhadores que
apresentam um menor índice de qualificação profissional. Então, é muito
importante esse subsídio de R$ 6.800,00, que vão elevar. Eu tenho certeza que,
com as desapropriações de tantas áreas que precisam em Porto Alegre, com os
seis CUBs que nós temos aí, o que é um incentivo, nós vamos fazer com que essas
construções se elevem até o patamar de R$ 68 mil, R$ 70 mil. Isso é muito
importante, e nós queremos fazer com que haja habitações em Porto Alegre. Não é
justo que 30 mil famílias – 30 mil famílias! – ainda estejam morando em
condições de penúria nesta Cidade.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para discutir o PLCE nº 005/12.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Prezado Presidente, Ver. Mauro Zacher; colegas
Vereadores, Vereadoras, senhoras e senhores, público que nos assiste, esta lei,
na verdade, Ver. Dr. Goulart, já vem tarde, porque o Programa Minha Casa, Minha
Vida, que existe desde 2008, necessita de uma intervenção mais forte do
Município na construção dessa política pública. Eu tenho dito aqui, tenho
trazido a debate, inclusive os números, que, em Porto Alegre, como já foi
relatado aqui, nós temos hoje aproximadamente 70 a 80 mil famílias que se
enquadram na faixa de zero a três salários mínimos e que necessitam de
habitação. Isso não é pouca coisa; em torno de 70 mil famílias vezes cinco,
isso são 350 mil pessoas em Porto Alegre que se enquadram nessa faixa do zero a
três salários mínimos, ou até R$ 1.600, que é a faixa um do Minha Casa, Minha
Vida. E Porto Alegre conseguiu, neste período, desenvolver um número que é
insuficiente perante a demanda que há. Segundo os dados do Ministério das
Cidades e da Caixa Econômica Federal, Porto Alegre é a 16ª Capital em
desempenho, e, no Rio Grande do Sul, é a 13ª cidade em números absolutos, mas,
quando formos para os números per capita,
ou seja, ao que foi produzido diante do problema, nós ficamos lá em 42º lugar
em desempenho. Uma das razões desse baixo desempenho, dentre outras, é que a
maioria dos Municípios construiu uma política não só na aplicação dos
instrumentos do Estatuto da Cidade, que Porto Alegre ainda não fez – que é a questão do IPTU progressivo no tempo, que é o direito à
preempção, que é aplicar a concessão do uso especial do solo para fins de
moradia. Inclusive, o nosso Projeto de Lei, de nº 113, trata desta questão, e
esta Casa ainda não enfrentou esse debate; já oferecemos algumas e
ofereceremos, novamente, este ano, o Projeto da concessão do uso especial para
fins de moradia.
Neste caso, o Poder Público municipal está buscando
aqui a autorização para uma contrapartida financeira para que esse dinheiro
seja investido na qualificação da obra, para dar condições para que a obra se
instale, porque o Município de São Paulo está oferecendo até R$ 20 mil de subsídio
para renda de zero a três salários mínimos. Inclusive, o repasse do Minha Casa,
Minha Vida é superior ao de Porto Alegre, que, hoje aqui é de R$ 56 mil para
cada unidade habitacional; São Paulo ainda é superior e oferece mais R$ 20 mil
como subsídio público para o investimento no programa Minha Casa, Minha Vida.
Quando esse Programa foi concebido, ele não era para ser exclusivamente do
Governo Federal, mas é o maior programa habitacional da República.
Portanto, o compromisso de fazer aqui este debate,
de analisar o porquê dos estrangulamentos e apontar, inclusive, as
insuficiências da gestão, quando existem, é de nossa responsabilidade. A
Bancada do PT vai votar favoravelmente a este Projeto, porque entende que o
Município tem de ser um parceiro na construção dessa política habitacional que
hoje o Governo Federal oferece.
E registramos mais: nós temos em Porto Alegre,
ainda, Ver. Dib, 750 vilas irregulares, para as quais precisamos ter um plano
de regularização fundiária. Nessa busca da regularização fundiária, tem-se que
construir novas habitações. Para se construírem novas habitações, não deve ser
além-Restinga, como está sendo feito hoje. Nós temos que ocupar os vazios
urbanos existentes na Cidade, temos que reformar os prédios vazios que estão no
Centro, e assim por diante.
Portanto, tem o nosso apoio o Projeto apresentado
pelo Executivo Municipal oferecendo subsídios ao Minha Casa, Minha Vida.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir
o PLCE nº 005/12.
O SR. ADELI
SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, olha, eu diria que,
em boa hora, a Prefeitura Municipal se acordou, porque, se não nos dermos conta
do processo da economia real de uma cidade, nós vamos ficar fazendo licitações,
licitações e mais licitações para fazer o Minha Casa, Minha Vida, e teremos
dificuldades, porque as empresas preferem, em vez dos projetos do zero a três
salários mínimos, fazer dos três salários mínimos em diante. A construção é um pouquinho
maior, e o benefício financeiro é bem maior. Então, em vários Municípios do
País, meu caro Mauro Pinheiro, já está sendo adotado pelas prefeituras este,
digamos assim, reforço financeiro, ou, como diz aqui o projeto de lei,
contrapartidas financeiras, serviço de infraestrutura e subsídios a
empreendimentos.
Eu, pessoalmente, já havia dito que concordo que a
gente dê um subsídio que garanta isso. Eu também falo porque sou o autor do
Projeto de Lei que garante o bônus-moradia, a que, infelizmente, alguns
continuam teimando em falar contra, só que o nosso bônus-moradia, hoje, já tem
o valor do Minha Casa, Minha Vida, e a discussão com a Prefeitura Municipal é,
inclusive, de aumentar o valor do bônus-moradia. Mas imaginem se nós não
tivéssemos feito isso. Se não tivéssemos, Ver. Canal, aproveitado o meu Projeto
de Lei, o que teria demorado e o que estaria demorando para resolver os
problemas da Tronco. Porque a Prefeitura Municipal já está negociando os
primeiros bônus-moradia. Nós sabemos que os R$ 56 mil, que é o valor do Minha
Casa, Minha Vida, em algumas circunstâncias, não é o ideal, mas para pessoas
que moravam em áreas, às vezes, até de risco, sem dúvida nenhuma, com esse
valor poderão conseguir uma casinha razoável, nem sempre tão próxima de sua
região, como gostariam, mas também estamos discutindo para que haja uma
sensibilização do DEMHAB e da Prefeitura para aumentar esse valor. Em última
instância, é na linha deste Projeto de Lei que, quem sabe, com a sua aprovação,
nós não possamos embutir essa questão do bônus-moradia. Porque o que nós
queremos é ajudar a cidade de Porto Alegre, para que a gente não entre no rol
de algumas cidades, como li na semana passada: em Natal, 10% das obras recém
feitas. Quanto por cento das obras necessárias já foi feito em Porto Alegre,
Ver. Dr. Goulart? Temos que analisar, porque não se trata deste Governo;
trata-se de uma discussão de Estado, de Prefeitura, de municipalidade, porque
eu queria ver se nós pudéssemos tratar, não apenas desse subsídio que estamos
dando aqui para o Minha Casa, Minha Vida. Eu queria, por exemplo, discutir,
Ver. DJ Cassiá – meu parceiro de muitas batalhas –, a mesma questão da revitalização do 4º Distrito, região nobilíssima da
Cidade. Convido os nossos telespectadores a verificarem o meu blog. Todo mundo pode acessar aqui para
mostrar às senhoras e aos senhores o que eu proponho de revitalização no 4º
Distrito da cidade de Porto Alegre. Próximo à Rodoviária, ao Aeroporto, à
entrada e saída da Cidade. Faço, inclusive, uma autocrítica: acho que na Santa
Terezinha, nós não deveríamos ter feito casinhas; deveríamos ter verticalizado,
aberto uma outra edificação para o Minha Casa, Minha Vida, que dialogaria com o
projeto da Rossi Fiateci, com treinamento de mão de obra para as pessoas. Eu
tenho a coragem de vir aqui bater no peito e dizer: “Nós erramos, deveríamos
ter feito diferente”. Na Vila Tronco e na Vila Pinto vai ter verticalização.
Como já disse Jane Jacobs, há 50 anos: “A questão das cidades densificadas é a
alternativa com dignidade...”
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir o PLCE nº 005/12.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, o presente Projeto
se reveste de uma importância decisiva para o sucesso do Programa Minha Casa,
Minha Vida. Um Programa extraordinário, Ver. DJ Cassiá, que já tinha que ter
feito, no mínimo, 10 mil casas em Porto Alegre. Nós estamos com 1.500 casas
prontas, mais quase mil prontas, mas muito longe de atingir as metas, porque há
muita gente precisando de casas. Portanto, correto o Governo ter enviado este
Projeto, só sinto que não veio antes, deveria ter vindo antes. Nós deveríamos
ter tido a sensibilidade de que esta era uma medida necessária, pois aqui o
custo do terreno e o custo geral de preços são maiores que do no resto do
Brasil; portanto, essa adequação é lícita, é prudente e é racional que o
Município o faça, porque nenhum empresário vai trabalhar de graça ou perdendo
dinheiro. Então, ele tem duas saídas: ou ele rebaixa muito a qualidade, entrega
imóveis de qualidade baixa ou questionável, portanto diminui os custos dessa
forma, ou leva prejuízo, não tem remédio, não há outra forma. Mesmo assim a
margem operacional é muito restrita. Contavam-me os trabalhadores, os
produtores, os empresários que não chega a R$ 1.000,00 por unidade
habitacional. São projetos que envolvem às vezes licitação de 300, 500, 800,
900 casas, isso não dá para arriscar. Portanto, essa medida do Governo é
adequada. Tem todo o nosso apoio.
Quero fazer o registro ainda de que isso deve ser
destinado exclusivamente para a produção de moradia e não para o bônus-moradia,
porque o bônus-moradia é um equívoco como política única e especial. Mas a
produção de moradia é uma necessidade, e o Minha Casa, Minha Vida se apresenta
como a luz para atender a grande demanda reprimida que o Brasil sofre;
portanto, essa medida tem meu apoio. Um abraço, obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir o PLCE nº 005/12.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Eu gostaria, Ver. Carlos Todeschini, que pudéssemos fazer esse debate no
plenário. Nós estamos pedindo aqui, estamos perfilados, queremos votar o
Projeto de vocês, mas não é um Projeto pequeno que estamos votando neste
momento. Infelizmente, por priorização do Governo, saiu antes do Projeto da
Controladoria, mas eu sei que os Vereadores todos estão acompanhando, pelos
seus gabinetes. Nós teremos quórum, daqui alguns minutos, para trabalhar o tema
dos dois projetos de lei estratégicos para os nossos colegas municipários.
Estamos aqui atentos.
Estamos propondo duas Emendas: uma delas, Ver. Dib,
é para que as famílias removidas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, em
função das obras da Copa, sejam assentadas na região de origem, o que é um
grande apelo das comunidades atingidas. Obviamente, se elas derem acordo para
outros endereços não tem problema, mas garantir a sua permanência na região,
Ver. Dib, onde é o seu local de trabalho, de relação, de sobrevivência. Isso é
muito importante e respalda a dignidade da população, das famílias, que são
deslocadas involuntariamente. Por elas não sairiam, como a maioria, por exemplo,
da Vila Tronco. Obviamente que há situações perigosas, como as que estão à
beira de valões, situações vulneráveis, mas nós precisamos preservar a cidade
miscigenada, preservar os vínculos culturais, a construção que cada família tem
com tios, com primos, com irmãos que estão na mesma região. Então, esta é uma
das Emendas.
A outra, que o Ver. Todeschini está aqui
questionando, é para reflexão. Por quê? Eu também acho, Ver. Todeschini, que o
bônus-moradia tem que ser uma exceção à regra, em situações específicas, não
pode ser a política habitacional. Eu tenho pleno acordo com o debate que V.
Exa. faz: não pode ser a política habitacional! Por quê? Porque estamos com uma
defasagem imensa de moradia, nós temos que construir moradias populares. Muitas
vezes, não conseguimos sedimentar as pessoas; elas, de alguma forma burlam e
transformam em moeda. Mas, se temos essa política para casos eventuais, ela tem
que possibilitar a moradia digna. O valor hoje é baixo. Se nós entendemos que o
valor da Caixa Econômica Federal é baixo para o Programa Minha Casa, Minha
Vida, de zero a três salários mínimos – e já é mais
alto do que o atual bônus-moradia –, estamos
subindo mais o valor para chamar o empresário para construir, e a mesma
política se deve ter para o bônus-moradia, quando necessário. Então, o que a
gente propõe é o seguinte: quando o bônus-moradia for utilizado, e se for o
caso da situação da família, acrescente-se esse mesmo valor ao bônus-moradia e
se viabiliza uma casa na região.
Vou contar, Vereador, muito rápido, a situação da
obra do DMAE que atingiu agora duas famílias. Eles aceitavam ir para uma outra
casa na região, e terminava a novela; estão hoje em apart-hotel. Pelo bônus-moradia, não tinha como comprar uma casa
ali na região. Então, era uma situação de exceção, uma excepcionalidade.
O Sr. Carlos
Todeschini: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver.ª Sofia, faço um apelo, porque a minha Emenda
propõe fazer no sentido contrário, porque o bônus-moradia se mostrou o equívoco
dos equívocos. Está ali o Cristal, com 1.050 famílias ainda para serem
assentadas, porque ficaram na dependência do bônus-moradia. Essa é uma política
que joga dinheiro público na fogueira. Não é remédio, não é solução; é o maior
dos equívocos produzir isso. A própria comunidade do Cristal, lá no Orçamento
Participativo, esbravejava, gritava, dizendo que havia sido enganada pelo
Governo, quando isso foi feito. Portanto, isso não tem que ser estimulado,
desculpe!
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Entendo a tua tese, mas acho que, trabalhada a exceção, tem que ser um
valor de bônus mais adequado à moradia digna. E chave por chave: sai da sua
casa, entra na casa futura.
O Sr. Nelcir
Tessaro: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver.ª Sofia, só
para dizer que concordo plenamente com a senhora, quando diz que as famílias
têm que ficar na sua região. Mas seria desnecessária essa Emenda, porque já
existe uma Lei, de minha autoria, de 2010, que o Executivo ainda não colocou em
prática, que determina que as habitações construídas naquela região são para
moradores daquela região. Então, o Executivo está colocando na prática porque
ele já tem a solução.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Está bem, acho que ele está usando como um critério preferencial, mas o
que estamos propondo é retomar um dispositivo que tinha na legislação do Minha
Casa, Minha Vida, que foi suprimido por esta Casa, pelo qual é garantido às
famílias... Não é construir as casas e priorizar a região; é o inverso: a
pessoa está na região, morando, e uma obra relativa à Copa, ou do Governo, a
atinge, e ela tem a prioridade de ser reassentada na própria região. É o
inverso, Ver. Tessaro, que constrói, vamos dizer, um encontro de interesses,
mas é no movimento inverso. Então, vamos reforçar inclusive a sua legislação,
mas, principalmente, uma grande demanda popular. O Ver. Todeschini tem toda
razão, tem 1.050 famílias esperando obras, mas não é só porque o destino foi
dado para o bônus-moradia, porque as obras na Av. Tronco e as obras do Pisa
estão extremamente atrasadas, e, inclusive, estão atrasando e atrasarão a
construção da avenida, mas porque acho que é correto o que o Prefeito disse, lá
no Cristal: “Nós vamos correr o risco de perder a Av. Tronco, mas vamos
respeitar o chave por chave”, porque a tranquilidade das famílias, a segurança
das famílias, é muito importante num momento tão dramático. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir o PLCE nº 005/12.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, a Câmara Municipal – que funciona nesta Cidade, desde de 1753 –, no início
das suas atividades, administrava a Cidade, determinava o que deveria ser
feito, mas hoje não é mais assim. Hoje, a Lei Orgânica diz que o Legislativo e
o Executivo são dois Poderes independentes e harmônicos.
Agora, querer administrar a Cidade, emendando
Projetos de Lei que não têm nada com o assunto da Emenda... O Executivo está
preocupado em subsidiar as casas que serão construídas e tão somente isso. Este
é o objetivo do Projeto. Agora, imagina-se que possa determinar como o
Executivo procederá à remoção das suas habitações, ou das casas, ou do que
seja, em necessidade de utilidade pública. A utilidade pública é que determina.
Agora, as emendas se apresentam como se coubessem
no Projeto. As emendas apresentadas não fazem parte do que propõe o Executivo,
então não cabe fazer isso. Acho que não devíamos nem discutir, porque é de
interesse popular a aprovação do Projeto, como foi dito pelo Ver. Comassetto,
que sempre discutiu o Programa Minha Casa, Minha Vida.
Então acho que precisa fazer isso, agora, trazer
emendas que não têm nada a ver com Projeto, para determinar como o Executivo
irá proceder, não é o caso neste Projeto de Lei.
Acredito na responsabilidade, na seriedade dos meus
Pares, porque não é possível apresentar essas duas emendas num Projeto que é da
mais alta relevância para as obras desta Cidade, para o povo de Porto Alegre, e
não para que Vereadores, em época eleitoral,
determinem como vai acontecer a coisa na cidade de Porto Alegre. Quando forem
do Executivo, proponham, mas neste Projeto não cabe a proposição que está sendo
apresentada. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Apregoo a
Emenda nº 02, de autoria das Vereadoras Fernanda Melchionna e Sofia Cavedon e
do Ver. Engenheiro Comassetto, ao PLCE nº 005/12.
Em votação o
Requerimento de dispensa do envio da Emenda nº 02 ao PLCE nº 005/12, à
apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a Emenda nº
03, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, Ver. Engenheiro Comassetto, Ver. Dr.
Goulart, Ver.ª Fernanda Melchionna, Ver.ª Sofia Cavedon, ao PLCE nº 005/12.
Em votação o
Requerimento de dispensa do envio da Emenda nº 03 ao PLCE nº 005/12, à
apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A Ver.ª Fernanda
Melchionna está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/12.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr.
Presidente, Vereadores e Vereadoras, eu quero ser muito rápida, mas apenas duas
questões merecem uma resposta. Primeiro, ao Ver. João Antonio Dib, Líder do
Governo, sobre a motivação da nossa Emenda, minha e da Ver.ª Sofia Cavedon.
Primeiro, quanto à Emenda dos Movimentos Populares e dos Movimentos Sociais;
existem milhares de pessoas que estão sendo atingidas ou serão atingidas pelas
obras da Copa de 2014, e que lutam para ficar na sua região de origem. É assim
justamente com as famílias atingidas pela duplicação da Av. Tronco, que fizeram
uma mobilização, de mais de um ano, reivindicando ficar no mesmo local;
listaram, Ver.ª Sofia, os terrenos, e nós fomos à Audiência Pública, Ver. Mauro
Pinheiro, para ouvir isso da comunidade, e eu acho que esta é uma Emenda
fundamental, que deve ser aprovada por esta Câmara, para garantir um direito.
Quero dizer ao Ver.
Carlos Todeschini que estamos de acordo com o conceito de que é necessária a
inclusão dos projetos habitacionais. Então, a Emenda nº 03, também assinada por
vários Vereadores, melhora o Projeto.
Agora, eu tenho que
dividir uma coisa com os Vereadores e as Vereadoras da Câmara Municipal, Ver.
Toni Proença. Eu não consigo entender o seguinte: o setor das grandes
empreiteiras brasileiras foi quem mais ganhou dinheiro, no Brasil, nos últimos
anos. Todos os balancetes do BNDES vão nos comprovar que quem mais ganhou
dinheiro foi o setor das grandes empreiteiras brasileiras, por meio das obras
da Copa, do PAC ou do Programa Minha Casa, Minha Vida. Não preciso dizer que a
especulação imobiliária tem tido lucros recordes em nosso País. Não é à toa que
um imóvel que valia R$ 60 mil, há quatro anos, hoje vale quase R$ 200 mil; não
é nenhuma novidade para os brasileiros e para as brasileiras o alto custo ou o
aumento exorbitante do custo da moradia. Eu não consigo entender como o
Município vai dar mais uma contrapartida financeira para o Minha Casa, Minha
Vida, que já recebe recursos do Governo Federal, e, em geral, recebe os
terrenos do Município. Eu não consigo conceber por que esses valores não são
usados para a construção de mais moradias. Nós estamos falando de uma Cidade em
que 48 mil pessoas, famílias, precisam de projetos habitacionais. A Prefeitura
poderá, conforme Parecer do Ver. João Carlos Nedel, colocar uma contrapartida
máxima de quase R$ 7 mil para cada uma das unidades habitacionais do Minha
Casa, Minha Vida.
Em geral, as
construtoras, as empreiteiras, têm recebido “rios de dinheiro público”, então,
não me parece lógico que recebam mais um benefício financeiro, porque, Ver.
Todeschini, o fato de ter votado uma Lei que permite, fará que eles sempre
façam lobby para ser permanente, e
não uma exceção, ou aqui nós não sabemos como funciona no capitalismo, que,
podendo, lucram mais? É evidente! E aí, 48 mil unidades habitacionais, que são
necessárias para a cidade de Porto Alegre, ficarão menos, é evidente,
porque, se a Prefeitura coloca R$ 7 mil a cada unidade habitacional, a cada dez
contrapartidas financeiras da Prefeitura, que reitero, será política permanente
das construtoras em Porto Alegre, nós estaremos abrindo mão, no mínimo, de uma
casa, de uma outra unidade habitacional. Portanto, a Prefeitura poder
disponibilizar R$ 7 mil a cada unidade habitacional para a política do Programa
Minha Casa, Minha Vida seria ideal que fosse para outras unidades
habitacionais, e não para aumentar os lucros exorbitantes que esse setor tem
tido no Brasil. Não consigo aceitar esta lógica de que, para os grandes, sempre
é tudo. Não é à toa que a Delta foi a empresa que mais recebeu dinheiro do
Governo Federal, a OAS, a Andrade Gutierrez. Podemos ir listando várias
empreiteiras e construtoras, porque é um setor que está pujante nos seus lucros
exorbitantes. Agora, não pode pagar a conta o povo brasileiro, porque é
dinheiro que não vai para a Saúde, dinheiro que não vai para a Educação,
dinheiro que não vai para a construção de outras unidades habitacionais. Tinha
que...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Não há mais quem queira discutir a matéria. Em
votação nominal, solicitada pela Ver.ª Fernanda Melchionna, a Emenda nº 01 ao
PLCE nº 005/12. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 24 votos SIM, 02 votos NÃO e 04 ABSTENÇÕES.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Nelcir
Tessaro, a Emenda nº 02 ao PLCE nº 005/12. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA
por 11 votos SIM e 21 votos NÃO.
Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Nelcir Tessaro, a Emenda nº 03 ao PLCE nº 005/12.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 08 votos SIM e 23 votos NÃO.
Em votação
nominal, solicitada pela Ver.ª Fernanda Melchionna, o PLCE nº 005/12. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 32 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3958/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 221/11, de autoria do
Ver. Professor Garcia, que
declara de utilidade pública a PS Empresa Júnior.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 06-06-12.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLL nº 221/11. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de
Souza, o PLL nº 221/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM e 03 ABSTENÇÕES.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 0677/12 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 003/12, que altera o art. 1º, o caput do art. 2º, o caput
e os §§ 4º e 5º do art. 4º, o caput e os incs. I a VIII do art. 6º, o
art. 7º, os arts. 9º e 10, o caput do art. 11, o caput do art.
12, o caput dos art. 13 e 14, o caput do art. 16, os arts. 18 e
19, todos da Lei Complementar nº 625, de 3 de julho de 2009 – que institui o
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Municipal, nos termos do art. 31
da Constituição Federal e dos arts. 61 a 64 da Lei Orgânica do Município de
Porto Alegre, cria a Controladoria-Geral do Município de Porto Alegre (CGM),
define a estrutura e as atribuições desta e dá outras providências –,
integrando o Poder Legislativo ao Sistema de Controle Interno do Município de
Porto Alegre, de forma unificada ao Poder Executivo, e alterando a nomenclatura
da estrutura básica da CGM.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Elói Guimarães: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Paulinho Rubem Berta: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na
Ordem do Dia em 23-05-12.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLCE
nº 003/12. (Pausa.)
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Presidente, eu consultei, aqui, todas as
Lideranças, e há um acordo coletivo no sentido de votarmos o Projeto da
Controladoria, de imediato.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): É o que nós estamos fazendo. Ver. Sebastião Melo,
os Projetos relativos à Controladoria são os itens 4 e 5 da nossa priorização
de votação.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Sem discussão.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Sem discussão. Vamos lá.
Em discussão o PLCE nº 003/12. (Pausa.) Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação nominal, por
solicitação do Ver. Haroldo de Souza, o PLCE nº 003/12. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 32 votos SIM.
VOTAÇÃO NOMINAL
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
2º TURNO
PROC. Nº 0676/12 – PROJETO DE EMENDA À
LEI ORGÂNICA Nº 005/12, de autoria do Governo Municipal, que altera o caput
do art. 61 e o art. 64 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, incluindo
o Poder Legislativo no Sistema de Controle Interno de forma unificada com o
Poder Executivo.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Sebastião
Melo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação
do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. João
Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Paulinho
Rubem Berta: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA, em ambos os turnos – art. 130 do Regimento da CMPA;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na
Ordem do Dia em 14-05-12.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação nominal, em 2º turno, o PELO nº 005/12.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 29 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0414/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 027/12, de autoria do
Ver. Ismael Heinen, que
concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao doutor Carlos Roberto
Schwartsmann.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM em 07-05-12.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLL nº 027/12. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 027/12. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM.
(O Ver. Haroldo de Souza reassume a
presidência dos trabalhos.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0974/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 078/12, de autoria do
Ver. José Freitas, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Francisco Pereira
Rodrigues.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Mauro Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM em 06-06-12.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Em discussão o PLL nº 078/12. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 078/12. (Pausa.) (Após apuração
nominal.) APROVADO por 30 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0489/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 034/12, de autoria do
Ver. Mario Manfro, que
concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor Miguel Álvaro
Santiago Nobre.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 06-06-12.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Em discussão o PLL nº 034/12. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 034/12. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 27 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2430/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 102/11, de autoria do
Ver. Ismael Heinen, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor
Jorge Colombo Borges.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 30-04-12.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Em discussão o PLL nº 102/11. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 102/11. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
(O Ver. Mauro Zacher reassume a presidência dos
trabalhos.)
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 053/12 – (Proc. nº 1381/12 – Ver. Dr. Goulart) – requer a
realização de Sessão Solene, no dia 3 de julho, às 17h, destinada a assinalar o
transcurso dos 50 anos do Hospital Ernesto Dornelles.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação o Requerimento nº 053/12, de autoria do
Ver. Dr. Goulart. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO
(encaminhamento: autor, relator e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3211/09 – RECURSO – de autoria do Ver. Dr. Thiago Duarte, solicitando a
retificação de votação do Parecer nº 315/09 da CCJ ao PLL nº 140/09, em razão
do quorum apresentado.
Parecer nº 078/10:
- da CCJ. Relator
Ver. Luiz Braz: no qual consta a seguinte conclusão:
“...Por todo o exposto, mantenho a
conclusão pela existência de óbice à tramitação do Projeto e julgo improcedente
o Recurso.”
Observações:
- votação nos termos do art. 99 do
Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 17-05-10.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação o Recurso, apresentado pelo Ver. Dr.
Thiago Duarte, referente ao Processo nº 3211/09. (Pausa.)
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
encaminhar a votação do Recurso.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, peço a atenção para
este Projeto, que é um Recurso – Ver. Mauro,
V. Exa. que é da CCJ –, de autoria do Dr. Thiago, em
relação aos pareceres da CCJ. O Ver. Dr. Thiago pede, com toda a legitimidade,
que o Plenário altere o Parecer da CCJ. Se isso acontecer, todos os pareceres
da CCJ passarão a ser suplantados por essa decisão. Então, devemos estar muito
atentos, Ver. Dib, porque isso vai alterar o Regimento, e, alterando o
Regimento, as coisas serão alteradas significativamente nesta Casa. Então, eu
peço a atenção de todos os Vereadores para que examinemos bem o teor do Recurso
em pauta, porque isso poderá produzir alterações significativas nos
procedimentos na CCJ e nas decisões. Então, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras,
estamos no período de encaminhamento, e em especial, Ver. Mauro Pinheiro, que é
o nosso representante na Comissão, eu gostaria que o senhor estivesse um tempo
aqui, inclusive, para encaminhar a matéria, para que a gente possa tomar uma
decisão fundamentada, assentada na serenidade e nas garantias que devem ser
precavidas por este Plenário. Então, é essa a manifestação que eu quero fazer.
Gostaria também de ouvir a manifestação das demais Bancadas, porque nós estamos
produzindo, pelo Plenário, uma alteração significativa nas nossas normas de
procedimento. Obrigado pela atenção.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar
a votação do Recurso, apresentado pelo Ver. Dr. Thiago Duarte, referente ao
Processo nº 3211/09.
O SR. LUIZ
BRAZ: Este processo, Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras (Lê.):
“Obriga os estabelecimentos que comercializem veículos automotores zero
quilômetro, no âmbito do Município de Porto Alegre, a fornecerem uma muda de
árvore a todo adquirente desse produto e dá outras providências”. Na nossa
manifestação a respeito da matéria, nas folhas 17 e 18 do Processo, expressamos
nossa preocupação relativa à violação dos preceitos constitucionais que
resguardam a livre iniciativa no exercício do comércio. A contestação
apresentada relata diversas situações das quais não discordamos, a respeito do
direito ambiental; porém, o cerne da questão, no tocante ao preceito
constitucional da livre iniciativa, o exercício do comércio não foi abordado na
contestação do Ver. Thiago Duarte. A proposição obriga que o comerciante, no
livre exercício das suas atividades, tenha que fornecer uma muda de árvore a
cada veículo comercializado. Tal preceito, salvo melhor entendimento, é
interferência clara e manifesta no dogma constitucional já citado, pelo que
esta Comissão, mesmo sendo altamente meritória à Proposição, não pode dar a
guarida solicitada pelo Vereador. Por causa disso, nós, na Comissão de
Constituição e Justiça, julgamos que a proposição tem um caráter de
inconstitucionalidade e pedimos para que tal proposição, mediante esse
entendimento, que não tenha prosseguimento.
O Ver. Dr. Thiago Duarte faz um apelo para que o
Plenário modifique o entendimento da Comissão de Constituição e Justiça. Então
aí que se desfaçam as Comissões, porque perdem realmente o sentido. Nós temos
uma Comissão de Constituição e Justiça, nós estudamos a matéria, nós tentamos,
de alguma forma, oferecer uma orientação ao Plenário com relação à
constitucionalidade das matérias, porque então vem o Plenário modifica tudo, o
que acho que realmente não fica bem. Então, eu pediria que as Sras. Vereadoras,
Srs. Vereadores, por favor, com relação a esta matéria, fiquem com a Comissão
de Constituição e Justiça, não aceitando o recurso do Ver. Dr. Thiago Duarte.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para
encaminhar a votação do Recurso, apresentado pelo Vereador, referente ao
Processo nº 3211/09.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Sr. Presidente, ilustres colegas Vereadores – o Luiz Afonso é conhecedor da matéria –, quero dizer
e ressaltar que, em nenhum momento, nós infringimos em nada o Regimento da
Casa. Então, essa foi uma saída processual que o meu gabinete – em especial, quero fazer uma deferência ao Gabriel, que é meu Assessor
Jurídico, meu Chefe de Gabinete – encontrou
para que o Vereador, neste caso, nós, na nossa ação enquanto Vereadores,
pudéssemos atingi-la com plenitude, Ver. Mauro Pinheiro.
Então nós, efetivamente, não concordamos com a
colocação de inconstitucionalidade do Projeto, achamos, temos consciência de
que ele efetivamente não é inconstitucional. Mas sem dúvida nenhuma, a partir
dessa arma regimental, amplamente regimental, nós queremos
atingir a prerrogativa do Vereador, que é legislar em Porto Alegre. Então, o
que aconteceu? Nós temos um singelo Projeto, na defesa do meio ambiente, no
sentido de fazer com que os estabelecimentos que comercializam veículos
automotores zero quilômetro, no âmbito do Município de Porto Alegre, passem a
fornecer, na venda do veículo, uma muda de árvore a todo o adquirente desse
produto, e dá outras providências. É um Projeto singelo, é a nossa tentativa de
contribuir, à medida que o veículo acaba, até mesmo o zero quilômetro, emanando
para o ambiente monóxido de carbono e dióxido de carbono. Que nós possamos
fazer essa contrapartida ambiental, direta e individual. Bom, este Projeto foi,
pela CCJ, declarado inconstitucional. Então, aqui nós não estamos analisando,
Ver. Mauro Pinheiro, Ver.ª Sofia, o mérito do Projeto, nós só queremos que
todos os Vereadores possam dar a sua opinião com relação ao mérito, neste
Projeto; possam analisar a constitucionalidade, que nós acreditamos que ele
tem. É só isso. Então, esta votação se destina a dizer o seguinte: o Projeto
continuará tramitando nesta Casa, ou ele será arquivado de pronto. É essa a
decisão que está colocada. E nós acreditamos, sem dúvida nenhuma, que este
Projeto não é inconstitucional, e nós queremos que a Cidade, os ambientalistas
da Cidade, o conjunto dos Vereadores, possam, efetivamente, ter a possibilidade
de opinar, de ter acesso e de poder se posicionar neste Projeto. Ressalto e
discordo diametralmente do que foi dito aqui por outros colegas Vereadores,
como os Vereadores Todeschini e Luiz Braz, e que este recurso feito ao Plenário
não tem nada de antirregimental. Se ele fosse antirregimental, não estaria,
como está sendo agora, discutido, Ver. Bernardino, e votado. Ele é
completamente regimental, e eu acho, discordando do Ver. Todeschini, que ele
recupera, Ver. Bernardino Vendruscolo, Ver. Tessaro, na sua plenitude, a
efetiva ação do Vereador, que é poder legislar, sim, em nome da Cidade, e
nesses termos, que, por vezes, até, Ver. Mauro Pinheiro, pode ser polêmico.
Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Carlos
Todeschini reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Mauro
Pinheiro está com a palavra para encaminhar a votação do Recurso, apresentado
pelo Ver. Dr. Thiago Duarte, referente ao Processo nº 3211/09, pela oposição.
O SR. MAURO PINHEIRO: Ver. Todeschini, que
preside esta Sessão; demais Vereadores, Vereadoras, público que nos assiste,
Ver. Dr. Thiago, quanto ao mérito do seu Projeto, a preocupação com o meio
ambiente, todos nós temos acordo e votaríamos a favor de qualquer Projeto que
tivesse essa preocupação. E por isso foi votado de forma negativa, na CCJ, por
unanimidade, Ver. Luiz Braz, que preside a CCJ. Votamos por quê? Nós, os
Vereadores, estamos impossibilitados, inclusive, de fazer Projetos de Lei que
tragam custos para o Município. Então, não podemos interferir, trazendo custo
para o Município na questão dos impostos; agora, vamos querer interferir na
vida de uma empresa privada, obrigando-a, quando realizar uma venda, a dar uma
árvore?! Então temos que criar um Projeto pelo qual o Governo Municipal, a
Prefeitura, doe árvores para a população, pela Secretaria do Meio Ambiente.
Agora, vamos criar uma obrigação, para a iniciativa privada, apesar do mérito
de se tratar de árvores? Se venderes o carro, tu vais ter que ter uma muda de
árvore para dar. Não concordo, acho totalmente inconstitucional, não podemos estar
interferindo. O Ver. Cecchim tem uma empresa de construção civil, cada vez que
ele fizer uma obra, vai ser obrigado a dar uma árvore; o supermercado, cada vez
que vender alimentos, vai ter que dar uma planta. Então, estamos interferindo
na iniciativa privada. Essa é a inconstitucionalidade que entendi. É isso,
Vereador? Então, era muito melhor nós conversarmos com o Prefeito Municipal e,
quando pagarmos o IPVA, o IPTU, o Município ser obrigado a dar uma árvore, já
que temos a Secretaria do Meio Ambiente, que tem essa preocupação. Agora, nós
transferirmos a obrigação do público para o privado com o meio ambiente?! A
preocupação...
(Aparte
antirregimental do Ver. Dr. Thiago Duarte.)
O SR. MAURO PINHEIRO: O Ver. Dr. Thiago
fala que é um direito que a iniciativa privada tem. A iniciativa privada, se
ela quiser dar uma árvore, uma planta, quando vender um carro, é um direito que
ela tem. Eu não preciso criar uma lei que diga que ela pode dar; qualquer
pessoa, qualquer um, na iniciativa privada, pode criar uma promoção de comprar
um carro e ganhar uma árvore, uma planta. Agora, não posso obrigar a iniciativa
privada a ter uma obrigação: “Bom, se tu comprares um carro, tu vais levar uma
árvore”. A iniciativa privada não pode ser obrigada a dar, nem quem comprou um
carro, a levar uma árvore. Se eu moro num apartamento, como vou levar uma
árvore? Além do mais, é uma decisão da Comissão de Justiça, que já julgou,
claro que é regimental, e o Vereador pode recorrer ao Plenário. Mas as
Comissões já se reúnem, discutem, votam, têm o parecer do Procurador. Agora o
Vereador procura uma outra solução, que é trazer a discussão para o Plenário,
para a decisão que já foi tomada pela CCJ, apesar de estar no Regimento, mas
está buscando uma outra alternativa.
Portanto, já votei
contrário na CCJ e continuarei votando contrário, porque acho que não é um
direito do Vereador interferir na iniciativa privada, porque a iniciativa
privada sabe fazer suas vendas. E, nós, o Governo e o Legislativo, temos que
buscar as saídas para o meio ambiente, através da Prefeitura, da Secretaria
Municipal do Meio Ambiente, e não da iniciativa privada. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Dr.
Thiago Duarte está com a palavra.
O SR. DR. THIAGO DUARTE: Sr.
Presidente, eu queria dizer que no dia 20 de outubro de 2009 esse Processo foi
aprovado pela CCJ. Só queria fazer esse reparo.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para encaminhar a votação do Recurso, apresentado
pelo Ver. Dr. Thiago Duarte, referente ao Processo nº 3211/09.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, na verdade, Ver. Dr. Thiago, nós
estamos aqui votando o seu Recurso, não estamos votando o Projeto. O Projeto
será discutido num outro momento. Portanto, não cabe aqui julgar o mérito do
Projeto, e, sim, o Recurso do Ver. Thiago, que traz ao Plenário a discussão de
uma decisão da CCJ.
Se couber, num outro
momento, discutirmos o Regimento, bom, aí é outra questão. De retirarmos esta
possibilidade que usou o Ver. Thiago, e quero cumprimentá-lo – estendendo ao seu Assessor Jurídico, Dr. Gabriel –, porque encontrou, realmente, uma base legal para
esse Recurso. Agora, estamos votando aqui, neste momento, o Recurso que o Ver.
Dr. Thiago encaminha, de uma decisão da CCJ. Só isso. Acho que está havendo uma
certa confusão, nós estamos tratando do mérito do Projeto. Nós
não estamos votando o Projeto. Então, Presidente, deixo como sugestão que a
Mesa esclareça os demais Vereadores para sabermos efetivamente o que nós
estamos votando, porque me parece que fica claro que aqui nós estamos votando o
Recurso do Ver. Dr. Thiago Duarte. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente,
certamente, está sendo votada a decisão: se vai ser desconstituída a decisão
tomada lá na Comissão de Justiça ou não – é isso que nós estamos votando agora,
aqui. Com relação àquela questão levantada pelo Ver. Dr. Thiago, acontece que,
antigamente, os Processos eram arquivados no final do ano; então, tinham que
ser desarquivados para novamente correrem as Comissões para receberem Parecer;
hoje, não é mais assim, mas, antigamente era assim. É por isso que o Processo
do Dr. Thiago, que é de 2009, foi arquivado no final do ano; então, o assessor
jurídico do Ver. Dr. Thiago pode esclarecer com relação a isso.
O SR. TONI PROENÇA: Só para
esclarecimento, Vereador-Presidente, Carlos Todeschini, o art. 99 do Regimento
é claro: Recurso é o meio de provocar no Plenário a modificação de decisão tida
como desfavorável por ato da Mesa, da Presidência ou das Comissões; portanto,
tem direito o Ver. Dr. Thiago de recorrer.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): É um artifício
regimental que está em apreciação; é isso, é um recurso que encaminha o Ver.
Dr. Thiago Duarte, para este Plenário, e é isso que nós estamos votando, não é
o mérito do Projeto.
Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Luiz Braz, o Recurso, apresentado pelo Ver. Dr.
Thiago Duarte, referente ao Processo nº 3211/09. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) São 04 votos SIM e 03 votos NÃO.
Não há quórum.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 18h16min.)
* * * * *